sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

As mais próximas eleições

Durante este ano decorrerão eleições não só para os órgãos das autarquias locais (municípios e freguesias) entre 22 de setembro e 14 de outubro, não estando ainda fixada a data em concreto, mas também para o conselho geral da Universidade do Minho, estando fixada para esta a data de 21 de março de 2017, ou seja dentro de dois meses.
 

A comunicação social tem dado relevo às eleições autárquicas, mas não a estas importantes eleições para uma instituição pública da maior importância para a região e para o país. Sabe-se que há movimentações para a constituição de listas, nomeadamente a nível de professores e de alunos, mas pouco mais.
Para a eleição do conselho geral são chamados os professores e investigadores doutorados, os estudantes de todos os ciclos (licenciaturas, mestrado e doutoramento) e os funcionários.
 

Os professores elegerão 12 membros, os estudantes 4 membros e os funcionários 1, num total de 17. Por sua vez, estes eleitos cooptarão livremente 6 membros externos e assim ficará completo o conselho geral com 23 membros.
Uma das mais sérias tarefas que terá o novo conselho geral será a eleição do novo reitor, pois o atual está abrangido pela limitação de mandatos que é de dois (8 anos) e não de três (12 anos) como nas autarquias locais.
 

Escrevíamos em junho do ano passado (dia 23) neste jornal que é importante que se saiba não só quem são as listas de candidatos ao conselho geral como quem terá possibilidade de ser eleito reitor, sendo que ao contrário do que sucede nas autarquias locais, o reitor é, depois, escolhido pelos 23 membros do conselho geral.
Porém, torna-se claro que uma lista de candidatos, principalmente de professores, que não tenha um candidato a reitor em mente é uma lista que concorre em desvantagem em relação a outra que o tenha.
 

Fala-se já, pelo menos, num candidato a reitor, mas será mau, como também então escrevíamos, que não haja mais do que um candidato.
O reitor não é o órgão máximo da Universidade, esse é o conselho geral, mas toda a gente tem consciência da importância de que se reveste o reitor, em qualquer universidade, do qual se requer, além do mais, não só boas qualidades de gestão, mas também que seja alguém eticamente respeitado, o que nem sempre sucede. Reitor que faz favores ou não olha a meios para atingir fins é alguém que lesa gravemente a instituição que serve.
 

Esperemos que a comunicação social esteja atenta e dê a atenção devida a estes atos eleitorais bem próximos, cumprindo desse modo a sua missão. 

in Diário do Minho