Durante
este ano decorrerão eleições não só para os órgãos das autarquias
locais (municípios e freguesias) entre 22 de setembro e 14 de outubro,
não estando ainda fixada a data em concreto, mas também para o conselho
geral da Universidade do Minho, estando fixada para esta a data de 21 de
março de 2017, ou seja dentro de dois meses.
A comunicação social tem dado relevo às eleições autárquicas, mas
não a estas importantes eleições para uma instituição pública da maior
importância para a região e para o país. Sabe-se que há movimentações
para a constituição de listas, nomeadamente a nível de professores e de
alunos, mas pouco mais.
Para a eleição do conselho geral são chamados os professores e
investigadores doutorados, os estudantes de todos os ciclos
(licenciaturas, mestrado e doutoramento) e os funcionários.
Os professores elegerão 12 membros, os estudantes 4 membros e os
funcionários 1, num total de 17. Por sua vez, estes eleitos cooptarão
livremente 6 membros externos e assim ficará completo o conselho geral
com 23 membros.
Uma das mais sérias tarefas que terá o novo conselho geral será a
eleição do novo reitor, pois o atual está abrangido pela limitação de
mandatos que é de dois (8 anos) e não de três (12 anos) como nas
autarquias locais.
Escrevíamos em junho do ano passado (dia 23) neste jornal que é
importante que se saiba não só quem são as listas de candidatos ao
conselho geral como quem terá possibilidade de ser eleito reitor, sendo
que ao contrário do que sucede nas autarquias locais, o reitor é,
depois, escolhido pelos 23 membros do conselho geral.
Porém, torna-se claro que uma lista de candidatos, principalmente de
professores, que não tenha um candidato a reitor em mente é uma lista
que concorre em desvantagem em relação a outra que o tenha.
Fala-se já, pelo menos, num candidato a reitor, mas será mau, como
também então escrevíamos, que não haja mais do que um candidato.
O reitor não é o órgão máximo da Universidade, esse é o conselho
geral, mas toda a gente tem consciência da importância de que se reveste
o reitor, em qualquer universidade, do qual se requer, além do mais,
não só boas qualidades de gestão, mas também que seja alguém eticamente
respeitado, o que nem sempre sucede. Reitor que faz favores ou não olha a
meios para atingir fins é alguém que lesa gravemente a instituição que
serve.
Esperemos que a comunicação social esteja atenta e dê a atenção
devida a estes atos eleitorais bem próximos, cumprindo desse modo a sua
missão.
in Diário do Minho
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
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