domingo, 2 de setembro de 2012

Textos de 2012 ( até Agosto)


(Recolha de textos de 2012 efectuada em 2.9.12)

Notícias de Famalicão – 6.8.2012

FUNDAÇÕES

As fundações existentes em Portugal foram objecto não só de um censo como de uma avaliação. É um trabalho que se saúda embora não pareça ter sido feito com os cuidados que são devidos. Os elementos recentemente divulgados não me permitiram ainda encontrar todos os dados relativos às fundações famalicenses. Num ranking divulgado pelo jornal Público, que inclui 190 fundações, não encontramos, por exemplo, a Fundação Cupertino de Miranda. Encontramos pelo contrário a Fundação António Cupertino de Miranda do Porto situada, em termos de património, em 24.º lugar com quase 16 milhões de euros. É de lembrar que esta fundação criada por um irmão de Artur Cupertino de Miranda começou em Famalicão passou para Santo Tirso e daí para o Porto, enfrentado e ultrapassando várias dificuldades.

REPOVOAMENTO

O centro da cidade de Famalicão nos últimos anos despovoou-se. Não nascem crianças e os prédios vão ficando vazios. Importa reverter esta situação. Importa ter planos de futuro para a cidade. A reabilitação urbana é necessária mas não basta. Importa disponibilizar habitação a preços acessíveis.

FREGUESIAS

Está em funcionamento na assembleia municipal uma “Comissão Eventual de Estudo e Acompanhamento do Processo de Reorganização Administrativa ao nível do concelho de Vila Nova de Famalicão”. Pouco se sabe do trabalho desta comissão e deveria saber-se a não ser que esteja à espera que a câmara municipal apresente uma proposta de fusão das freguesias do concelho. É um tema sobre o qual pouca gente, ao que parece, tem grande vontade de trabalhar. E muito menos em Agosto…

FESTAS

É impressionante a quantidade de festas no concelho durante os meses de Verão. Moro no centro da cidade e não preciso sequer de me deslocar para as sentir. Aos sábados, depois da meia-noite o som dos foguetes vindos de vários lados lembram-nos que há festa(s).

António Cândido de Oliveira

(6 de Agosto de 2012 – não publicado)

--

Notícias de Famalicão – 24.7.12

QUATRO JORNAIS

Temos quatro jornais semanais na cidade e no concelho, julgo. É interessante ver o que contêm, embora a opinião pública famalicense seja geralmente crítica e gostasse de ver melhores jornais ( eu também gostava).Os jornais defendem-se em duas frentes, por um lado chamam a atenção para a dificuldade que é fazer sair semanalmente um jornal (os custos e as canseiras) e por outro lembram a falta de colaboração de quem tem e podia dar opinião de qualidade e não se dá ao trabalho de escrever.

OPINIÃO

Percorri os nossos jornais à procura de opinião. O “Povo Famalicense” traz um artigo que, como quase sempre incomoda, de Raul Tavares Bastos, intitulado “Cangalheiros”, chamando a atenção para a forma como está a ser preparada a reforma territorial das freguesias do nosso concelho, particularmente naquilo a que chama o “estado maior da Psdylândia”; por sua vez, Mário Martins, colaborador habitual, também escreve um artigo nada cinzento sobre “ Poder e oposição…”. Ambos merecem leitura. Como leitura atenta merece também o artigo político e fortemente crítico de Camilo Lopes de Freitas intitulado “A Islândia e a Crise” ( no Cidade Hoje de 12 de Julho). Do “Jornal de Famalicão” realço um artigo de outro médico famalicense, Almeida Pinto , “Em Defesa de um Serviço Nacional de Saúde de Qualidade” (“o nosso mais precioso bem”). Finalmente, do “Opinião Pública”, com uma página inteira de opinião, permito-me realçar o texto, desta vez nada polémico, de Gouveia Ferreira, colaborador assíduo, lembrando os 75 anos do FAC.

FOTO

Os nossos quatro jornais reproduzem todos a mesma fotografia da “inauguração da Avenida do Brasil e de um Monumento ao Empreendedor” (OP) e isso diz muito do nosso jornalismo. A central de informação e propaganda do município arranja cuidadosamente uma fotografia da Avenida do Brasil tirada do ângulo mais espectacular e difunde-a pelos jornais locais. Estes correm todos a publicá-la, sem sequer uma nota crítica. Os nossos jornais não procuram informação ficam à espera que o município trate disso.

António Cândido de Oliveira

(PF-24.7.12)

--

Notícias de Famalicão – 2.7.12



FUTEBOL – DIA 27 DE JUNHO DE 2012

Acabámos de perder com a Espanha nos penaltis. Não vamos à final do Euro 2012. Enorme silêncio no centro da cidade e certamente nos arredores também . É futebol, caros leitores e leitoras!

E só sofre muito com o futebol quem lhe dá uma importância que ele não tem, nem merece.

CAMINHO PÚBLICO

Afinal o caminho público de Cavalões é público sem qualquer sombra de dúvida. Aliás, na verdade, são dois caminhos públicos unidos em forma de T.

Pois, agora, em cada uma das três extremidades foi colocado um pesado portão de ferro e o pavimento recentemente calcetado com cubos de granito está a ser destruído. Como é isto possível?



VIM JOANE-VIZELA



A via intermunicipal entre Joane e Vizela tem sido objecto de mais protestos depois de mais um grave acidente mortal. Alguns utentes juntaram-se para tratar dos problemas de segurança (e não só) que ela apresenta. É assim que se deve fazer. Cidadania activa!



ESTAÇÃO DE SÃO BENTO (PORTO) SEM CHEFE!



Quem utiliza os comboios suburbanos (Porto-Braga, Porto-Guimarães, Porto-Aveiro ou Porto-Penafiel) sabe que eles não têm instalações sanitárias. Deveriam ter, pelo menos, uma para situações de emergência, mas não têm.

O que pude verificar, na Estação de São Bento no Porto, neste fim de semana, foi que, apesar disso, as instalações sanitárias para homens estão temporariamente fechadas e não há alternativa que não seja fora da Estação...

Deu para verificar também que o relógio da entrada está parado há tempos ( não sei quanto) e também não há outro para indicar as horas.

Mas ainda mais: esta enorme Estação, mais bonita do que a de Santa Apolónia em Lisboa, está sem governo. Não tem um Chefe! Nem sequer alguém que faça as vezes dele!



António Cândido de Oliveira



PF – 2.7.12



--

Notícias de Famalicão - 25.6.12



A BOA(?) UTILIZAÇÃO DOS DINHEIROS PÚBLICOS



A minha fé na boa utilização dos dinheiros públicos ficou mais uma vez abalada quando verifiquei, pela leitura do Diário do Minho, nesta manhã de domingo, dia de São João, que a câmara municipal vai gastar cerca de 800.000 euros na "recuperação" do edifício que durante décadas foi o Externato Camilo Castelo Branco para lá instalar uma "Casa da Juventude".

No piso zero, pode ler-se, haverá um auditório, um bar/concerto e salas de gravação/multimédia, fotografia e ensaios; no piso 1, está contemplada a secretaria, 12 postos de Internet e a sala de documentação; no piso 2, estão previstos os gabinetes para incubadoras de empresas de jovens empreendedores bem como as salas de reunião e o gabinete médico.

Pensei (mal) que em tempo de crise haveria alguém com bom senso que chamasse a atenção para uma recuperação quase impossível e um destino mais do que discutível.

Pela aquisição daquele prédio foi dada pela câmara no primeiro mandato do actual presidente uma soma brutal de dinheiro: 900.000 euros. Novecentos mil euros por um prédio em ruínas que, mesmo depois de adquirido há cerca de dez anos, continuou pura e simplesmente abandonado pelo dono ( o município), com o telhado a desabar e deixando entrar água por todos os lados .

Vai-se recuperar o quê? O que se vai é, praticamente, fazer tudo de novo, imitando o antigo e como é óbvio não se vai gastar 800.000 euros mas muito, muito mais.

Pelo caminho ficou, entretanto um projecto, que foi pago, de um arquitecto conceituado, Fernando Távora salvo erro, agora abandonado e que previa para aquele local um edifício novo para instalar os serviços de urbanismo. Era sem dúvida um fim muito mais útil, pois continuamos a pagar elevada renda pelo prédio onde funciona actualmente o departamento do urbanismo.

Não haverá quem ponha travão a isto? Não se trata de continuar a deixar aquele local que nos pertence a nós famalicenses abandonado. Trata-se de fazer uma intervenção sensata e não aquela que foi anunciada.



NÃO ME CONFORMO



Havendo, como há, num concelho como o nosso, com mais de 120.000 habitantes, largas dezenas de pessoas muito qualificadas, capazes de exercer com elevado nível e benefício para a nossa terra as funções de presidente da câmara municipal, porque teremos de nos limitar uma poucos (quando muito três ou quatro) nomes, quase sempre os mesmos, para fazer a escolha?

Não tem de ser assim, nem tem sequer de ser fora dos partidos actuais, desde que estes alarguem os seus horizontes. Trata-se de procurar, entre as gerações mais novas, pessoas dedicadas e qualificadas, alargando assim as possibilidades de escolha e verificar as que têm mais qualidades para se candidatarem, escolhendo um bom programa e uma boa equipa.

Aliás, não se compreende porque é que, num tempo de crise em que há pessoas capazes das mais variadas profissões com problemas de trabalho e a pensarem em emigrar, não pensam elas em concorrer aos órgãos do município. A actividade política é tão nobre como muitas outras e melhorar a situação do nosso país bem pode começar por melhorar a situação do nosso município.



CAMINHO PÚBLICO



Li no último "Povo Famalicense" um texto de opinião de um leitor, José Silva, que me interpela sobre o destino de um caminho público situado na freguesia de Cavalões de onde sou natural e onde vivi até aos dez anos.

Pouco posso dizer sobre esse assunto, pois não conheço bem o caso concreto mas devo dizer que a defesa do que é propriedade pública mereceu sempre o meu aplauso.

Lembro um recente acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (09.02.2012) onde se diz, no sumário, que "caminho público é aquele que está no uso directo e imediato, desde tempos imemoriais, pela generalidade das pessoas que integram certa colectividade, desde que ocorra afectação a fins de utilidade pública, ou seja, que a passagem vise a satisfação de interesses colectivos de certo grau de relevância(...) e ainda que "o grau de relevância do interesse colectivo satisfeito pelo caminho em causa não depende de um juízo quantitativo sobre o número efectivo de utilizadores, bastando-se com a existência objectiva de um certo equipamento colectivo, de uso potencialmente público, pela generalidade da comunidade que, porventura tenha interesse em a ele aceder - independentemente do número real de interessados que, em cada momento, dele efectivamente se utilize".

Pelo que vejo algo ocorreu, que não deveria ter ocorrido, com o acordo dos órgãos da freguesia. Importa saber concretamente o que se passou, que deliberações foram tomadas e se foram tomadas dentro da lei. Pelo pouco de que me pude aperceber é bem provável que algumas deliberações tenham sido ilegais.



(PF-25.6.12)

--

Notícias de Famalicão – 11.6.12

OBRIGADO, ORFEÃO FAMALICENSE

O Orfeão Famalicense organizou, com muito êxito, o XVII Encontro de Coros do Minho na casa das Artes, no dia 10 de Junho. Devo ao Orfeão, para além de uma brilhante actuação, uma excelente forma de participar nas comemorações do Dia de Portugal, pois para além de interpretar “Timor” (letra de João Monge, música de João Gil e arranjo do seu prestigiado maestro Fernando Moreira), lembrando Portugal pelo mundo, fechou do melhor modo interpretando Camões “ As armas e os barões assinalados”.

GRUPO CORAL DE LOUSADO

Não tive oportunidade de ver todo o programa mas impressionou-me também muito bem o Grupo Coral de Lousado e a arte que teve de meter o rio Ave na sua actuação, lembrando-nos o quanto devemos àquele rio, onde o maestro aprendeu a nadar e que agora felizmente está em fase de recuperação ambiental. Já se pode nadar e pescar de novo nele?

Estes dois coros famalicenses e o Divino Salvador de Joane, também, devem (têm o direito de) merecer toda a atenção e apoio por parte do município.

BUÉ!

Bicicletas urbanas ecológicas vão estar disponíveis no centro da cidade gratuitamente. A ideia é excelente e este tipo de transporte deve ser devidamente acarinhado. Veremos como se vai concretizar o projecto.

COMÉRCIO DO CENTRO DA CIDADE

Este apoio ao transporte ecológico não implica menos atenção para um problema do comercio local que é o da falta de adequado estacionamento automóvel para acesso aos estabelecimentos. Chegaram-nos queixas provenientes nomeadamente de confeitarias e restaurantes. Não pode ser! Em plenas Festas Antoninas deve acautelar-se a possibilidade de acesso fácil aos estabelecimentos tradicionais. Há sempre soluções possíveis.

António Cândido de Oliveira

PF-11.6.12



--

Notícias de Famalicão -4.6.12

FREGUESIAS

Foi publicada no dia 30 de Maio e entrou em vigor no dia 31 a lei n.º 22/2012 que trata fundamentalmente da redução do número de freguesias. Ela impõe para o nosso concelho, classificado para este efeito no nível 2, uma redução de 50% das freguesias que se situem em lugar urbano e 30% do número das outras freguesias. No entanto, estes números não são rígidos e a lei permite uma menor redução do número de freguesias.

A assembleia municipal deve conduzir este processo em colaboração com a câmara municipal e com as freguesias. Este assunto deve ser abertamente discutido e sobre ele deve surgir informação na imprensa até porque está constituída, segundo se julga, uma comissão eventual para o efeito.

CURVA DO CEMITÉRIO

Todo o famalicense que conhece a sua terra já ouviu falar da curva do cemitério em Moço Morto e do perigo aque ela representa. Pois por qualquer acidente grave que nela ocorra deve ser responsabilizada também a câmara municopal que não teve arte nem visão para no momento em que havia toda a pobssilidade de desfazer essa curva e dar mais espaço de circulação e estacionamento junto do cemitério o que fez foi autorizar a construção de um centro de inspecção de veículos (!) complicando ainda mais as coisas. Em condições normais deveria haver demissões na câmara. Não há e o silêncio que se nota é a prova de que os famalicenses andam muito submissos muito “mansos”.

CHOUPOS FRANCESES?

Os famalicenses lembram-se de que havia choupos no jardim da câmara de um e outro lado (norte e sul) que por esta altura do ano libertavam novelos brancos que enchiam o ar e provocavam problemas respiratórios a muita gente e em especial aos asmáticos. A solução foi deitar abaixo esses choupos de origem francesa, segundo me dizem. Ora, dizem-me que é com árvores que estão a encher o parque da cidade e que junto da central da camionagem os novelos brancos chegam a fazer “tapete de neve”. Será mesmo assim?

António Cândido de Oliveira

PF – 4.6.12

--

Notícias de Famalicão – 21.5.12

CHAPELARIA OLIVEIRA

Ter no comércio tradicional e no centro da urbe um estabelecimento moderno de chapelaria, que tem longa história, é motivo de muita satisfação para quem gosta da nossa cidade. Deve merecer toda a atenção até porque a qualidade não lhe falta.

Como bom seria que o centro da cidade, através de exemplos como este, invertesse a tendência de queda que se está a verificar de um modo assustador, empobrecendo a nossa terra!

REABILITAÇÃO URBANA

Quando vemos, também no centro da cidade, reabilitar edifícios ficamos muito satisfeitos

O centro da cidade é para reabilitar e não para deixar cair. Há alguns(poucos) bons exemplos privados e um exemplo público ( Arquivo Municipal). Este quando ficará pronto?

A nódoa do Hotel Garantia, porém, continua sem solução.

FEIRA GRANDE DE MAIO

A feira grande de Maio foi ocasião para mostrar produtos famalicenses provenientes do campo.

Quem não perceber quanto é importante para nosso bem que tenhamos uma agricultura - e produtos dela derivados - forte não percebeu as exigências da crise que vivemos.

Não é de um mero regresso ao passado que se trata, é um olhar para o futuro com os pés assentes na terra!

PF – 21.5.2012

--

Notícias de Famalicão – 8.5.12

OPINIÃO PÚBLICA LOCAL

Não temos uma opinião pública local forte. Se a tivéssemos, as obras de reabilitação da Avenida 25 de Abril seriam suspensas ou, pelo menos, corrigidas. Basta dar um exemplo. O passeio do lado esquerdo no sentido Famalicão - Guimarães é inaceitável. Ora é largo, ora é estreito, mesmo muito estreito. O estado dele antes da bomba de gasolina já aqui foi referido. Mas veja-se a seguir. O passeio da dita avenida chega praticamente a não existir! É pura e simplesmente inaceitável o que lá se está a “reabilitar”.

SEDE DO CDS

Gosto de dar uma volta aos domingos de tarde pela nossa cidade. É uma pausa para recomeçar os trabalhos da semana. Tive a oportunidade de encontrar uma das principais referências do CDS local (o Dr. Camilo Freitas, sempre fiel à democracia cristã) e, com a ajuda que me deu, pude encontrar finalmente a sede do partido. Fica ao fundo da Praça D. Maria II junto do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, no 3.º piso. Não tem indicação de horário nem de telefone mas lá tentarei chegar. Tivemos uma conversa muito interessante sobre vários temas e, quanto ao partido, fiz algumas perguntas, guardando para mim as respostas, pois não pedi autorização para as divulgar.

FAZER AS PAZES

A imprensa local revela que um membro da assembleia municipal pediu desculpa a outro, penitenciando-se por palavras proferidas no “calor político” de um debate antes da ordem do dia. Se refiro este assunto aqui é para dizer que uma assembleia se prestigia quando atitudes destas acontecem. Pena é que não se vá mais longe e não se compreenda que os debates políticos, a nível local ou nacional, não precisam de ser azedos nem precisam de agressividade para terem nível.

António Cândido de Oliveira

PF-8.5.12

--

Notícias de Famalicão – 24.4.12

CORAL DA FACULDADE DE ECONOMIA

Tive o gosto de ver e ouvir no passado sábado, dia 21, o Coral da Faculdade de Economia da Universidade do Porto no Auditório da Universidade Lusíada.Um belo espectáculo com trechos musicais variados e bem agradáveis para um tempo de Páscoa que deve ser vivido também como tempo de Liberdade e de Libertação. Muito obrigado ao Coral e à Paróquia.

TRANSPARÊNCIA

Acabam de ser distribuídos pelas casas dos famalicenses 45.000 exemplares de uma publicação que tem o atrevimento de se intitular “boletim municipal” e que mais não é que um boletim de propaganda do presidente da câmara. Nós famalicenses temos o direito de saber quanto nos custou esta publicação em papel de boa qualidade com 64 páginas.

Em matéria de transparência andamos para trás. Enquanto boletins anteriores traziam, pelo menos, o preço de impressão de cada exemplar na capa, agora nem isso. Cálculos que nos fizeram chegar dizem que podemos ter gasto 45.000 euros com esta propaganda. Se é verdade, onde está a crise?

MABOR

Vi no Jornal de Negócios ( 18.4.12) uma entrevista com o novo presidente da Continental Mabor de Lousado (José Carvalho Neto). Fiquei também a saber que a empresa está em crescimento e é a 5ª maior exportadora nacional. Em 2011, o resultado líquido foi de 163,7 milhões de euros. Esta empresa vai pagar de impostos (IRC) 58,8 milhões de euros. Nem tudo são más notícias no campo da economia.

CRISE

Mas se nem tudo são más notícias, estas são muitas no nosso concelho. Existe um levantamento da nossa actual situação económica? Aspectos positivos, negativos e perspectivas? Não era nisso que se devia gastar algum dinheiro?

DIA 25 DE ABRIL

No dia 25 de Abril vamos certamente ouvir a nossa Banda de Música. Se o tempo o permitir, gostaria de a ver tocar algo mais do que os mínimos. Ouvimo-la tão pouco…

António Cândido de Oliveira

PF-24.4.2012

--

Notícias de Famalicão – 16.4.12

ORFEÃO FAMALICENSE

Temos no Orfeão Famalicense uma das instituições culturais mais importantes do nosso concelho. A elevada qualidade do nosso Orfeão manifestou-se recentemente na Semana Santa . Gostaria de o ouvir mais vezes mas não conheço o seu programa de actuações para o corrente ano. Desatenção minha?

CRECHE CASA DE LOUREDO

Prejudicada pelos problemas que envolveram a APPACDM (outra instituição que merece todo o carinho dos famalicenses) a creche "Casa de Louredo" está agora em condições de voltar a ser uma referência de qualidade. Tem boas instalações, largo espaço envolvente e excelente localização.

INCÊNDIOS

Foi um mês de Março terrível quanto a incêndios florestais não só no município como na região. Agora o mês de Abril está mais calmo. A floresta ( cada vez menos cuidada) vai merecer a atenção devida? Quem a tem a responsabilidade pela prevenção e combate no nosso município?

PARTIDOS

Conforme prometi, tentei visitar os partidos com sede na cidade. Para já vi apenas a sede do PSD, a sala 14 de um prédio na Rua Adriano, que tem uma porta que nada diz. A do PS, na Rua São João de Deus, indica, pelo menos, o horário (das 18 às 20 horas). Não visitei também as sedes do CDS e do PCP que estão um pouco mais afastadas do Centro. Tudo seria mais fácil se todos estes partidos tivessem, como deveriam ter, um sítio na net com informações locais devidamente actualizadas.

--

Notícias de Famalicão – 2.4.12



FILIPE LIMA OLIVEIRA

Numa iniciativa singular, um conjunto de pessoas ligadas ao mundo da cultura vão homenagear no dia 12 de Abril pelas 21,30h, no auditório do Seminário Comboniano de Antas Filipe Lima Oliveira que recentemente nos deixou. Uma homenagem merecida para quem dedicou grande parte da sua vida à cultura e à poesia.

PASSEIOS

Já se teve o cuidado de reparar na maior parte dos passeios da nossa cidade?

As milhares de pessoas que os utilizam diariamente já repararam. Há alguns que estão muito bem ou pelo menos satisfazem. Porém, muitos deles , pela largura ou pelo estado de conservação deixam muito a desejar. Isto para não falar dos passeios que deviam existir e não existem. Fica-se com a ideia de muito desleixo.

Juntas de freguesia da cidade e câmara olhem para os nossos passeios a sério.

PLACAS DE TOPONÍMIA

Continuam a faltar na cidade placas indicativas do inicío e da continuação de ruas e avenidas. Não dá para compreender. É desleixo mesmo?

PF – 2.4.12

--

Notícias de Famalicão – 26.3.12

JORGE MOREIRA DA SILVA

O famalicense Jorge Moreira da Silva é hoje (2ª feira) notícia destacada em toda a imprensa nacional dada a qualidade de primeiro vice-presidente do PSD que resultou do Congresso deste fim de semana. Dou aqui conta da minha satisfação por este facto, pois tenho por ele muito apreço, desde há muito tempo. Lembro especialmente o seu trabalho em defesa do Ambiente e o cuidado de ter vida para além da política. É conhecida a sua preocupação com a intervenção cívica, pois, como costuma dizer, “ a vida política não termina nos partidos”.

PARQUE DA CIDADE

Não pude participar, por razões de trabalho, na sessão pública que na passada sexta-feira reuniu, na Casa das Artes, alguns conceituados peritos para tratar da arborização do Parque da Cidade. Espero ler os resultados na imprensa local. Trata-se afinal daquilo que é essencial num parque: árvores. Esta iniciativa merece aplauso e merecia também destaque na página oficial do município.

REABILITAÇÃO DA AVENIDA DO BRASIL

Está em marcha um movimento de munícipes para lutar por uma melhor reabilitação da Avenida do Brasil. Esperemos que tenha apoio junto das entidades oficiais e por elas seja visto como um contributo para uma melhor cidade. É assim que eu o entendo. Entretanto, quanto mais se repara na avenida quantos mais defeitos surgem. Atente-se , por exemplo, no passeio do lado poente a seguir à rotunda que dá para o Jumbo.

António Cândido de Oliveira

PF-26.3.12

--

Notícias de Famalicão – 19.3.12

A REABILITAÇÃO DA AVENIDA DO BRASIL

A denominada reabilitação da Avenida do Brasil corre o risco de ser uma muito má intervenção urbanística. Desde logo, aquela espécie de muro deitado no meio dela, um muro de betão com respiros circulares para árvores, de tantos em tantos metros , começa logo por impressionar muito mal .

Depois, aquele passeio do lado norte que, em parte, é bem largo (3 metros), mas noutra parte, ao longo de um alto muro com cerca de 50 metros de extensão, é demasiado estreito (1,5 metros), não ajuda em nada à qualidade da reabilitação.

Pior ainda: foi pura e simplesmente destruída a Rua Aires da Silva Castro (Vereador) na parte em que fazia a ligação entre a Avenida do Brasil e a Urbanização da Berberia. Nem sequer ficou uma rua pedonal!

Também nada abona a reabilitação aquela rotunda, em frente ao Jumbo, que domina toda a intervenção que está a ser feita, levando a pensar também muito mal da reabilitação. Reparem bem nela e à volta.

Finalmente custa a compreender que, depois da rotunda de acesso para a variante, termine o fôlego da intervenção reabilitadora, retomando-se sem mais a velha e estreita EN Famalicão-Guimarães ( que ficou pior).

Não dá para entender ou até dá, se pensarmos que, como diz o reclamo publicitário colocado – ao contrário! – na Rotunda Bernardino Machado: “ Famalicão não Pára”. É que efectivamente a Câmara não pára para pensar e planear devidamente. Depois, os resultados estão à vista.

Entretanto, as obras, orçamentadas em mais de um milhão de euros, estão em curso há mais de um ano, tendo já ultrapassado o prazo de conclusão previsto (365 dias).

Pelo que nos foi dado saber, está, entretanto, em curso um movimento de cidadãos que pretende limitar e reverter os estragos já feitos, defendendo não só os interesses dos moradores mais próximos como dos famalicenses em geral.

Ainda bem que há cidadãos(ãs) activos(as) em Famalicão!

António Cândido de Oliveira

PF – 19.3.12

--

Notícias de Famalicão – 5.3.12

ROCHA PEIXOTO

Costumo passar pelo Museu Bernardino Machado, instalado na Rua Adriano Pinto Basto, aos Domingos. Ele está aberto e tem muitas vezes exposições que vale a pena ver. Neste momento, pode visitar-se uma, muito bem feita, sobre o ilustre poveiro Rocha Peixoto. Pena é que o Museu tenha tão poucas visitas. As pessoas passam, olham mas não sabem bem o que fazer. Faz falta logo à entrada uma indicação que diga algo semelhante a isto: "Entre e Venha Ver. É Gratuito"

TURISMO

Tenho muita dificuldade em compreender porque está fechado aos Domingos o nosso posto de turismo. Não é nesses dias que temos mais visitantes com tempo disponível? Também não compreendo porque continua instalado (em más condições) junto ao antigo posto da PVT, perto do "Pingo Doce". O posto de turismo bem poderia estar instalado num lugar mais central, por exemplo, no Museu Bernardino Machado no espaço que continua a ser ocupado, contra todo o interesse público, pela Companhia de Seguros Confiança. Quantos anos mais vão ser ainda necessários para dar cumprimento à decisão do Tribunal que liberta aquele espaço?

FREGUESIAS

Há quem defenda que as freguesias da cidade (Antas, Brufe, Calendário, Gavião e Vila Nova de Famalicão devem passar a ser só uma. Quem tem opinião segura sobre este assunto?

PARTIDOS

Os partidos são necessários porque em política não temos todos a mesma opinião nem as mesmas ideias. Mesmo no tempo de Salazar quando os partidos estavam legalmente proibidos havia dois: a União Nacional, criada e apoiada pelo regime e a Oposição formada por todos aqueles que a ele se opunham. Mas sendo necessários devem funcionar seriamente. E funcionar seriamente é desde logo funcionar com transparência. Os partidos não têm o direito de se fecharem .Em democracia devem ser espaços abertos. Vou testar a abertura e transparência dos partidos em Famalicão. É fácil: basta visitá-los. Vou tentar mais uma vez.

António Cândido de Oliveira

PF-5-3-12

--

Notícias de Famalicão – 27.2.12

FEVEREIRO

"Fevereiro quente traz o diabo no ventre". O que virá aí. Para já, incêndios e falta de água, fazem pensar que estamos no Verão. Bem dizia, o Dr. Pinguinha (só uma) quando alguém se queixava da chuva: "água é vida".

A CÂMARA MUNICIPAL DERRAPA

A Câmara está em obras no edifício principal na parte que durante décadas foi o Tribunal da Comarca. Anunciou num cartaz sem data, que lá está, que as obras demoravam 365 dias.

Como o cartaz não tem data de início a CM continua a ter 365 dias para terminar as obras. Bem se pode dizer que a CM não pára! Derrapa...

PARQUE DA ESTAÇÃO

O parque principal de estacionamento na Estação dos caminhos de ferro está uma miséria.

Ninguém tem culpa! A CP, a REFER e a Câmara Municipal lavam as mãos. A culpa morreu solteira. Mas que a Câmara tem culpa e não pouca, disso não há dúvida.

PS FAMALICÃO

Pesquisei no google: "PS Famalicão". Uma tristeza por ausência de informação e opinião. Qual a razão? Somos um concelho 133.804 habitantes segundo o último censo. ..

FREGUESIAS

A reforma territorial das freguesias aproxima-se e vai a debate na Assembleia da República muito em breve. Que reforma vamos ter? Debater é preciso!

António Cândido de Oliveira

PF – 27.2.12

--

Notícias de Famalicão – 20.2.12

ABRIGO

Na noite do dia 17 para 18 deste mês de Fevereiro de 2012, cerca das 4 horas da manhã, estava deitado, no passeio do lado esquerdo da Rua Norton de Matos, junto à entrada da urgência do hospital, um homem idoso, procurando dormir. Digo procurando dormir pois com os 3 graus centígrados de temperatura daquela hora, deve ser difícil domir, sem sequer um cobertor no corpo. Impressionou-me aqule quadro e perguntei-me se não há na cidade um lugar abrigado onde pudessem estar estas pessoas. Não tive tempo de averiguar mas espero não deixar este assunto sem obter e dar mais informação.

PLACA DE RUA

Há coisas que não se compreendem numa cidade como a nossa. Como é possível que uma rua que parte da Praça do Município em direcção a Braga não tenha indicação em nenhum lugar do respectivo nome? Comuniquei o facto à Junta de Freguesia. Será interessante saber quanto tempo vai demorar a ser colocada a placa devida, pelo menos no princípio e no fim. Coisa bem simples e barata, se não se quiser complicar as coisas.

ELEIÇÕES E SILÊNCIO

As eleições municipais ( e de freguesia...) estão mais à porta do que parece. Mal de uma força política responsável que não esteja a tratar já desse desafio. Mal ainda que o esteja a tratar, porventura, em silêncio. As secções locais dos principais partidos do nosso concelho têm a oportunidade de demonstrar o modo como tratam os seus militantes, simpatizantes e os famalicenses em geral num aspecto tão importante como a preparação do programa e a escolha dos candidatos. Será que neste momento não têm nada a dizer? Veremos e insistiremos. Temos falado deste assunto já há vários meses e o silêncio continua.

António Cândido de Oliveira

PF – 20.2.12

--

Notícias de Famalicão – 12.2.12

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA DEVESA- PARTICIPAÇÃO NO DEBATE PÚBLICO

Enviei no limite do prazo e escrito, sem revisão, o seguinte texto para participar no debate público sobre o Plano de Urbanização da Devesa (PUD):

“As sugestões que apresento têm por base a vontade de contribuir para o melhor parque da cidade possível, pois este plano vem muito atrasado e já dificilmente pode impedir a situação de sufoco em que o parque se encontra. No entanto, tudo deverá ser feito para o libertar dessa situação.

A fazer-se, como está prevista, a ligação poente (e ao mesmo tempo entrada principal) do parque com a cidade pela via que conduz à central de camionagem teremos um acesso pouco digno, pois ele deveria estar reservado fundamentalmente ao trânsito de peões e velocípedes e nunca de centenas de autocarros de transporte.

Acresce que é inaceitável que fique praticamente dentro do parque a central de camionagem. Só a falta de um adequado planeamento da cidade explica a instalação dessa central naquele local.

Também choca a debilidade manifesta da ligação do parque para Norte em direcção ao bem conhecido parque de Sinçães.

Acresce que um concelho com as dimensões do nosso merecia um maior parque e infelizmente ele vai ser "esmagado" do lado nascente por uma linha quase contínua de construções ( que podem ir até seis pisos), quando a construção prevista nos espaços assinalados a cor rosa (CE1 Devesa, CE1, CE2 e CE2 Cruzeiro) não deveria existir ou deveria ter uma expressão mínima. Pelo que me pude aperceber a capacidade construtiva que lhes foi atribuída é a compensação que resulta da obtenção por parte do município de terrenos que doutro modo teria de pagar aos respectivos proprietários para fazer o parque.

A invocação da segurança através daquelas construções não procede. A segurança do parque depende de outros cuidados, nomeadamente vigilância que tais construções, por si, não asseguram e podem até prejudicar.

Torna-se difícil perceber, por outro lado, que este plano venha depois, ou seja, já está aprovado e já está a construir-se o parque e agora aparece este plano.

Há qualquer coisa aqui que não joga bem. Primeiro deveria aprovar-se o plano que está em discussão e simultaneamente ou depois o parque. Não foi esse o caminho seguido e não se consegue uma explicação razoável para isso do ponto de vista urbanístico.

Habituado como estou a ver crescer a cidade de Vila Nova de Famalicão sem planeamento com os resultados que estão à vista de todos (enviarei à parte um texto sobre esse aspecto que deve ler-se juntamente com estas sugestões) não posso deixar de saudar, apesar de tudo, a apresentação a discussão pública deste plano, bem como manifestar agrado pela disponibilidade com que me foram fornecidos elementos sobre ele pelos serviços de urbanismo.

O desafio que a todos nos é colocado, desde os cidadãos, aos poderes públicos locais e centrais com tutela sobre o urbanismo é fazer deste plano o melhor remédio possível para algo que, infelizmente cresceu mal.

Pena tenho, como munícipe, de não poder fazer considerações mais extensas e fundamentadas sobre este projecto de plano. O tempo não me permitiu o estudo que era necessário. Cabe aos poderes públicos acima referidos defender, como lhes compete, o interesse público que tão maltratado tem sido”.

António Cândido de Oliveira

PS - Num supermercado desta cidade vi , na semana passada, para venda em lugar de destaque: uvas frescas da África do Sul, manga do Brasil, cerejas e ameixas do Chile e morangos de Espanha. Depois, queixemo-nos do défice da nossa balança comercial…

PF -13.2.12

--

Noticias de Famalicão – 5.2.12

ELEIÇÕES NO PS EM FAMALICÃO

Um bom conhecedor do Partido Socialista de Famalicão disse-me, com desânimo, que a disputa para a concelhia ia ocorrer entre Duarte Santos e Nuno Sá e acrescentou que isso era a passadeira estendida a Paulo Cunha (PSD) para a presidência da câmara em 2013. Não sei se será assim, pois conheço mal o PS por dentro. O que posso dizer é que gostaria de ver mais candidatos na luta pela concelhia e gostaria de saber se as eleições (quando são?) vão decorrer com a transparência, a abertura e a lisura que são indispensáveis. Isso é o mínimo que se exige. O que deveria acontecer também - e temo que não aconteça - é um debate aberto de ideias antes das eleições. E desde já avanço um contributo para esse debate: haverá algum candidato que tenha a coragem de chamar os famalicenses a dar opinião sobre qual deve ser o candidato do PS para as eleições de 2013? Seria fácil ouvir a opinião dos famalicenses e ao mesmo tempo mobilizar o partido. Basta olhar para o que o PS fez recentemente em França para uma escolha ainda muito mais importante. A pergunta fica feita à espera de uma resposta.

António Cândido de Oliveira

PF – 5.2.12

--

Resposta à Carta Aberta de José Luís Araújo



Já tarda a resposta à Carta Aberta de José Luís Araújo (JLA), ilustre membro da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão e nessa qualidade meu representante. Sublinho isto porque há quem esqueça que os 99 membros da nossa assembleia municipal uma vez em funções não estão ao serviço do partido ou força política a que pertencem mas ao serviço de todos os famalicenses.

A resposta vai ser curta e por tópicos mas, espero, suficiente. Dirá, se tal não suceder.

Eu sei, JLA, que não há nenhum obrigação de os membros da câmara (11) ou da assembleia municipal (99) escreverem nos jornais locais mas não deixa de ser estranho que um bom número deles não escreva para sabermos o que pensam sobre os problemas do nosso município.

Quanto à não publicação de artigos por dificuldades postas pelos jornais locais, admito que tal suceda num ou noutro caso mas não em geral. É minha impressão que os jornais locais estão abertos à publicação de opinião desde que os textos não sejam demasiado longos e tratem de assuntos de interesse local.

Pergunta-me JLA se considero que a oposição local é o PS e se desconheço a existência de outras forças políticas. Respondo que tem razão pois não há uma única oposição local mas considero que o PS é, pelo menos até agora, o partido da oposição mais representativo da vontade dos famalicenses o que lhe dá um estatuto de responsabilidade acrescida que a meu ver não tem cumprido devidamente. Mas isso já é outra história.

Estou de acordo quando diz que é preciso estar atento ao que dizem os demais partidos mas certamente estará de acordo que estes se mostram, a meu ver, pouco.

Gostaria de saber, por exemplo, qual a posição concreta que, neste período de debate público que amanhã termina, tomou o BE quanto ao Plano de Urbanização da Devesa. Porventura até tomou, mas não dei por ela. Desatenção minha?

António Cândido de Oliveira

PS – Fui procurar ver o que diziam sobre Famalicão todos os partidos representados na câmara e na assembleia municipal através da net. Pesquisei através do Google. Foi uma enorme decepção. Faça a mesma experiência e diga-me se teve mais sorte.

--

Notícias de Famalicão – 23.1.12

O PLANO DE URBANIZAÇÃO DA DEVESA (cont.)

O tempo continua a escassear e por isso este contributo não completa o que pretendo dizer sobre este assunto. Terminava o texto da semana passada dizendo , que ainda “nem sequer secomeçou a contar a história concreta do parque e dos negócios que giram à volta dele”

Continuando:

17.º – Deve dizer-se, antes de mais, para que fique claro que tais negócios urbanísticos constam de contratos conhecidos e que, aliás, deveriam, a meu ver, estar anexos ao projecto de Plano dada a sua importância para a compreensão deste.

18ª – Porventura, outros negócios haverá, mas deles não dou notícia, pois não os conheço.

19.º - Esta câmara que tem tido o cuidado de fazer uma gestão financeira cautelosa ( é um dos seus activos) quer fazer o Parque da Cidade com pouco dinheiro.

20.º Assim se compreende que em vez de adquirir terrenos para o Parque da Cidade tenha utilizado outro expediente.

21.º Chegou junto de entidades particulares ( e também do Citeve ?) donas de terrenos e propôs em termos gerais o seguinte: cedam-me os vossos terrenos para o Parque e eu dou-vos capacidade de construção à volta do Parque. Os vossos terrenos valem pouco, pois encontram-se em espaço não destinado a urbanização ou a escassa urbanização, mas eu dou uma volta a isso.

22.º - Fazemos um Plano de Urbanização ou outro expediente legal e contra a cedência de parte dos terrenos terão a contrapartida da possibilidade de construção.

23ª – Os particulares aceitaram porque efectivamente ganhavam com este negócio ( estávamos antes da crise de 2008) mas à cautela exigiram a inclusão de uma cláusula no contrato nos termos da qual se não fosse concedida, a tal capacidade construtiva contratualizada, por impossibilidade legal ou outra, a câmara daria uns tantos euros por metro quadrado.

(Continua)

António Cândido de Oliveira

PS - Sabem o que é a Associação de Municípios do Quadrilátero Urbano de que o nosso município faz parte? Eu já ouvi falar mais sei muito pouco.

--

Notícias de Famalicão – 17.1.12

ALGUMAS QUESTÕES SOBRE O PLANO DE URBANIZAÇÃO DA DEVESA

Quem me dera ter tempo para ver com cuidado a história do Parque da Cidade e do Plano de Urbanização da Devesa que lhe está atrelado! Na falta dele , escrevo estas linhas, ora sob a forma de perguntas à espera de ser respondidas, ora de afirmações que gostaria de ver contestadas.

1ª – Fui ver a página do município e lá consta que o período de discussão pública do PUD terminou no dia 11 de Janeiro de 2012. Em que ficámos, foi alargado o prazo, como se previa na sessão pública organizada pelo “Povo Famalicense”, até ao dia 31 ou não?

2.ª – É minha opinião que o Plano de Urbanização da Devesa só está em discussão pública, porque uma entidade exterior a isso obrigou. Doutro modo não teríamos Plano. É mentira?

3.ª – Esta Câmara foge dos planos, quer é decisões caso a caso, conforme as circunstâncias e os interesses em jogo.

4-ª Doutro modo estaria a ser elaborado, com a devida divulgação pública, o Plano de Urbanização da nossa cidade. Uma cidade que continuou a crescer nestes últimos 10 anos ao acaso, sem visão de futuro.

5.ª - Temos uma cidade a crescer para o fundo ( a Urbanização da Devesa é um exemplo) quando deveríamos ter uma cidade a crescer para a parte alta, devidamente planeada.

6.ª – Tem lá algum sentido que se tivesse plantado o Tribunal Judicial à saída para Braga sem elaborar para aquela área pelo menos um plano de pormenor? Que está previsto para ali?

7.º - A urbanização da parte alta da cidade tem sido um caos e esta Câmara não foi capaz de fazer nada para pôr termo a isso.

8.º - O Plano de Urbanização da Devesa surge com vinte anos de atraso e já não pode cumprir os objectivos que devia.

9.ª – Ele foi iniciado (quem diria!) em 1991 mas nunca houve interesse em avançar com ele a sério, nem até 2001, nem depois de 2001 até 2011.

10ª – Em 1994, a zona prevista para o Plano de Urbanização da Devesa e para um grande Parque da Cidade estava livre.

11.ª – Era possível fazer uma ligação directa entre o centro da cidade ( o velho Campo da Feira), a Rua Vasconcelos e Castro e o Parque da Cidade. Hoje, em vez disso, temos um enorme prédio ( mais de 10 pisos) a barrar a vista do parque!

12.ª – Era possível fazer uma ligação directa entre o Parque da Devesa e o Parque de Sinçães. Hoje está lá uma enorme barreira de prédios e querem deitar o Latino’s abaixo para fazer a ligação. Não têm outra alternativa!

13.ª – Toda a gente diz que a Central de Camionagem está mal localizada e está. Colocá-la praticamente dentro do Parque da Cidade não lembraria a ninguém. Mas como não houve planeamento em devido tempo, hoje nem sabem sequer de outro lugar para a colocar.

14.ª – Encher de construções o lado nascente da Av. Humberto Delgado e o lado sul da chamada Avenida do Brasil foi fácil. Eram lugares apetecíveis e mais apetecíveis ficaram porque foram dadas licenças, desde 1994, a torto e a direito. Mandaram os construtores a Câmara obedeceu.

15.ª – Depois disto tudo, dizer que o Parque da Cidade é a obra do mandato é desaforo!

16.ª – E nem comecei a contar a história do parque e dos negócios que giram à volta dele. Ficará para a semana, se tiver possibilidade.

António Cândido de Oliveira

PS – Agradeço a carta aberta que me foi dirigida pelo membro da assembleia municipal José Luís Araújo e apenas pela urgência do assunto do PUD não lhe respondo hoje. Entretanto, já visitei o site do Bloco de Esquerda e a última notícia é de Dezembro. Vi também rapidamente o seu blog pessoal , bem como o do colega Adelino Mota.

PPS - Praticamente sem uma qualquer forma de desagrado público desapareceu a Confeitaria Bezerra. Provavelmente nem se reparou que foi mais uma perda para a nossa cidade. Mal vai, quando uma cidade perde as suas marcas distintivas tradicionais.

--

Notícias de Famalicão – 2.1.12

RENOVAÇÃO E OUTROS ASSUNTOS

Sempre os mesmos?

Choca verificar que a opinião não circula, como devia, na nossa imprensa local. São praticamente sempre os mesmos (estou incluído) que exprimem opinião sobre os nossos problemas locais. Que andam a fazer os 99 membros da Assembleia Municipal? E os 10 vereadores da câmara? Tudo sem esquecer os responsáveis das forças políticas com significado no concelho e em geral todos aqueles que gostam do nosso concelho. É fácil dizer mal e criticar tudo e todos. Custa mais – dá, desde logo, trabalho - exprimir publicamente o que se pensa sobre os problemas da nossa terra. Não é razoável criticar, neste aspecto, a imprensa local. Temos, só na sede do concelho, 4 jornais e todos eles se mostram abertos à livre expressão de opinião. De que se está à espera?

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA DEVESA

A falta de atenção pelos problemas da terra expressa na imprensa nota-se, por exemplo, no caso do Plano de Urbanização da Devesa. Não fora o texto de Raul Tavares Bastos e sobre isso praticamente ninguém escreveria no período de discussão pública. Veja-se: decorre um prazo para o debate público deste plano de urbanização e ninguém exprime opinião.

Mas não haverá mesmo nada a dizer sobre este plano? Não é de estranhar que um município como o nosso que nunca até agora tem mostrado interesse em planear devidamente o crescimento da cidade e do concelho, com grave prejuízo para ambos, esteja agora preocupado em elaborar rapidamente um plano de urbanização?

Não fica a sensação de que este plano só existe porque sem ele não vêm dinheiros da União Europeia e eles fazem muita falta?

E também ninguém terá reparado que parece haver aqui a ideia de fazer zona verde (parque da cidade), enchendo de prédios a área a este destinada?

E que se procura aumentar a capacidade construtiva naquela área para pagar os terrenos que não se pagaram?

A oposição local existe? Se existe, anda a dormir ou está de acordo?

ANO DIFÍCIL

Não parece aos leitores que, sendo o ano que agora começa um ano muito difícil, deveria haver na câmara uma espécie de “gabinete de crise” atento aos problemas mais graves dos famalicenses para os minorar?

Seria um gabinete que não deveria apenas cuidar de dar assistência a quem precisa , deveria também ajudar a impulsionar, dentro do possível, a vida económica local ( agricultura, comércio, indústria e serviços). Quem pensa que não há nada a fazer neste âmbito, pensa mal. Basta pensar um pouco.

Numa altura destas, todos devemos estar unidos e a trabalhar no mesmo sentido.

António Cândido de Oliveira

--

Ano 2012