quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Notícias de Famalicão

4.8.09

Notícias de Famalicão

O BOLETIM OFICIAL de PROPAGANDA de 2009

Já era de esperar que isto acontecesse mas, mesmo assim, não podemos deixar passar em branco.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão num habitual e despudorado acto de campanha eleitoral acaba de distribuir uma publicação de propaganda a que chama “Boletim Municipal” com a data “Julho 2009”, tiragem de 45.000 exemplares e distribuição gratuita.
Este boletim, que deveria ser de informação e isento, contém um pequeno suplemento a preto e branco com decisões da Câmara Municipal de Janeiro a Setembro de 2008 e da Assembleia Municipal de Junho de 2008 a Janeiro de 2009!
Ou seja, a informação está desactualizada e a preto e branco, a propaganda actualizadíssima e a cores.
A propaganda mostra-se no facto de, ao longo das 62 páginas do Boletim, não haver lugar para “informação” sobre coisas que correram menos bem. Tudo são coisas boas, feitos “notáveis” da câmara ou à volta dela.
E a capa é uma maravilha!
“Cidade verde” é o título para um concelho (e para uma cidade) onde urbanizar significa desarborizar e mesmo quando se procura à pressa e sem regras fazer um Parque da Cidade mete-se lá construção até mais não! (Coisa aliás que lá se omite, pois um Boletim de Propaganda tem de ser coerente).
Este Boletim é absolutamente censurável do ponto de vista político e pisa claramente o direito das autarquias locais em vigor no nosso país.
António Cândido de Oliveira

28.7.2009
Notícias de Famalicão
CEDÊNCIAS E CONTRAPARTIDAS

O que se pretende debater na próxima sessão das 4ªs do Povo, dia 29 de Julho, pelas 21,15h é isto:
É permitido a uma câmara municipal fazer um negócio urbanístico que consiste em receber terrenos para fins de interesse público e dar em contrapartida capacidade construtiva para além da que pode ser dada ao dono ou donos desses terrenos?
Repare-se que não se trata de dar aos proprietários a capacidade construtiva permitida pelas leis e regulamentos em vigor. Por essa, os proprietários não fazem cedências de terrenos, como é natural.
O que leva os proprietários a ceder sem receber dinheiro é a garantia de que vão obter uma capacidade construtiva acima da permitida (p. ex. construir mais pisos do que aqueles que permite o PDM ou construir em zona verde) , comprometendo-se a câmara a arranjá-la. Se tal não acontecer, os proprietários ficam com o direito de obter do município uma indemnização já calculada no próprio negócio.
Esta é uma prática que, ao que parece, alguns municípios fazem e que o nosso também segue.
O problema é saber se isso é legal. O debate será assim fundamentalmente jurídico, mas em termos acessíveis para que qualquer cidadão possa perceber o que está em causa e fazer perguntas.
Será convidado um jurista qualificado nesta matéria e será bom que esteja também presente um jurista do município.
António Cândido de Oliveira
PS – Do Dr. Nuno Abreu Fonseca de Carvalho pode dizer-se quase tudo numa palavra - Viveu!
E lembra-nos: “ Até é Vida a própria Morte/Quando se crê no Futuro”

21.7.09
Notícias de Famalicão
OPINIÃO PÚBLICA

Precisamos em Famalicão de uma opinião pública forte e activa, mas não a vemos.
Há em todo o território do nosso município famalicenses com grande valor, muitos deles jovens, tendo muito para dar à comunidade. Pena que sejam esquecidos ou que não surjam a ocupar o lugar a que têm direito por mérito na sociedade e na vida local.
Nós, mais velhos, temos muita culpa nessa situação.
António Cândido de Oliveira
PS – Tenho assuntos interessantes (a meu ver) para tratar, mas não tenho tempo.
PPS – Parabéns ao FAC por ter o Dr. Gouveia Ferreira como Presidente!

14.7.09
Notícias de Famalicão
SOMOS RÉUS!

Como disse na semana passada, intentaram contra nós famalicenses, que integramos o município de Vila Nova de Famalicão, uma acção exigindo que paguemos à autora, uma sociedade de construção civil e actividades imobiliárias de Braga, denominada “Urbanização de Talvai”, uma quantia de mais de três milhões de euros acrescida de juros legais até integral pagamento.
Prometi contar a história e cumpro, ainda que em traços largos e poucas palavras.
Uma senhora bem conhecida, mas cujo nome omitimos fundamentalmente porque jáfaleceu, proprietária dos prédios que constituíam a "Quinta da Vila de Baixo da Poça da Vila",com 83.000 metros quadrados e também da "Bouça de Talvai", situados na parte Norte da freguesia de Vila Nova de Famalicão, cedeu gratuitamente a nós famalicenses 38.875 metros quadrados da quinta para construção das instalações da Universidade Lusíada (CEUL).
Como estas cedências não se fazem por generosidade mas por comércio, nós famalicenses, como contrapartida, obrigámo-nos, através de contrato que para o efeito foi celebrado no Salão Nobre da Universidade Lusíada, em 26 de Janeiro de 1996, a licenciar nos terrenos sobrantes pertencentes àquela senhora, a construção de várias habitações e blocos habitacionais, através da Câmara de então, conforme planta que ficou a fazer parte do contrato, havendo o cuidado de estabelecer o número de pisos de tais construções.
Como se imagina, o número de pisos não era pequeno e de tal modo que a dona dos prédios e quem a aconselhou tomaram as devidas precauções.
Assim, para o caso de não ser possível por razões imputáveis a nós famalicenses, a construção de qualquer dos blocos previstos no contrato, obrigámo-nos a indemnizar a dona dos prédios ou quem deles fosse proprietário ao tempo da reclamação da indemnização com a quantia de três mil contos, moeda de então, por cada 130 metros quadrados de construção não autorizada.
No mesmo contrato, nós famalicenses, obrigámo-nos a ceder o direito de superfície sobre os tais 38.875 metros quadrados à Lusíada (CEUL) para construção das suas instalações. Coisa que, como é sabido, a Lusíada nunca fez, mas verdade seja dita, também não estava obrigada a fazer, pois o pior que lhe podia acontecer era entregar ao município o terreno cedido.
Pois então veio agora, há menos de um ano, a proprietária dos terrenos que já não é a senhora cujo nome omitimos mas a sociedade Urbanização de Talvai colocar-nos em tribunal, dizendo que não pode construir o que pretende e ficou acordado, pois o nosso PDM não permite e isso por culpa nossa que não o modificamos ("arredando as limitações construtivas") de modo a poder construir-se o que a tal sociedade pretende.
E a sociedade fez as contas e concluiu que só pode construir 24.727 metros quadrados dos 45.336 metros quadrados a que pelo contrato tinha direito. E continuando a fazer as contas ao prejuízo que nós, famalicenses, lhes causamos pede aos senhores juízes que nos condene a pagar uma indemnização de três milhões, trezentos e vinte e um mil quatrocentos e quarenta e cinco euros e noventa e oito cêntimos acrescidos dos juros legais.

E é nisto que estamos: Réus em tribunal para pagar esta quantia, sem instalações definitivas para a Universidade e sem qualquer plano de urbanização!
António Cândido de Oliveira
PS – Decorreu, com uma participação fora do comum, a apresentação do livro “ A Rua Direita” de Álvaro Rocha Vasconcelos. Combinei com o autor fazer-lhe algumas perguntas a partir deste local para responder, se assim o entender, no número seguinte deste jornal. A pergunta desta semana versa a troca de correspondência literária que ocorreu na imprensa local em 1917 e 1918 a partir das crónicas de um tal Samuel. Do que se tratou afinal?

7.7.09
Notícias de Famalicão
RÉUS!

Não sei se os leitores sabem, mas nós famalicenses somos réus numa acção intentada por uma sociedade de construção civil e actividades imobiliárias que corre seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.
Nessa acção a sociedade pede ao juiz que nos condene a pagar mais de três milhões de euros por prejuízos causados
Ela exige-nos essa quantia acrescida de juros legais, pois nós, através de um contrato celebrado em 1996, prometemos-lhes uma determinada capacidade construtiva em troca da cedência gratuita de terrenos para a sede da Universidade Lusíada (que nunca mais foi construída) e não lha demos. Como imaginam essa capacidade construtiva não era permitida, mas nós comprometemo-nos a fazer o que fosse necessário para permitir.
Fizemos um contrato ruinoso, subscrito por quem nos representava na altura e agora estamos a sofrer as consequências.
Tenciono contar esta e outras histórias relacionadas nas próximas semanas.
António Cândido de Oliveira
PS – Agradeço ao Dr. Camilo Freitas as referências amigas que me fez, juntamente a outros famalicenses, num texto recente do Cidade Hoje. Permita-me que recorde outro famalicense que se destaca em Braga: Armando Varela, empresário, dono de uma das melhores padarias do Minho, oferecendo aos clientes a qualidade do pão tradicional. Visitem “Moinho de Pão” junto ao Tribunal Judicial de Braga. Vale a pena!
PPS – Tem lugar hoje à noite a apresentação do livro do Dr. Álvaro Vasconcelos sobre a Rua Direita, na própria Rua Direita. Não deixem de passar por lá.

23.6.09
Notícias de Famalicão
URBANIZAÇÃO À VOLTA DO PARQUE: O CHOURIÇO E O PORCO

A sessão do dia 17 de Junho sobre o Parque da Cidade, de que este jornal dará seguramente nota, foi muito concorrida e teve bastante interesse. O tempo é que foi pouco para debater devidamente o tema. Se os 27 hectares do parque verde são um importante enriquecimento para a cidade, importa verificar agora se as urbanizações à volta dele não o vão “estragar”. É matéria que só por si justifica outro debate. É preciso que fique claro para toda a gente que os donos dos terrenos não deram à câmara – ao contrário do que se vai dizendo – um chouriço, tendo recebido em troca um porco. Estes negócios devem ficar muito bem esclarecidos no interesse de todos.
António Cândido de Oliveira
Mais sobre o parque – Para consultar o mais importante documento sobre o parque ver : http://www.cm-vnfamalicao.pt/Parque_da_Cidade-Programa_Accao.pdf
Tílias – A cidade nos meses de Maio e Junho tem um cheiro a tília muito agradável. Que pena não haver mais tílias!

9.6.09
Notícias de Famalicão
ELEIÇÕES(9)

O PS perdeu claramente as eleições europeias e o problema é saber agora como vai enfrentar esta nova situação que as sondagens não previam mas que eu receava. A Europa não ficou melhor, a meu ver, com estes resultados.
A nível nacional o PS tem de fazer uma reflexão, sendo certo que não vemos (alguém vê?) uma alternativa de Governo melhor.
Continuo a estar com as reformas do actual Governo e gostaria de saber as propostas concretas dos outros, principalmente do PSD e do Bloco de Esquerda, para poder escolher.
Eu não tenho o meu voto dado antecipadamente e nada me impede de o mudar se me convencer que há uma melhor alternativa de governo.
Mas se essa alternativa for a de prometer facilidades, prometer dinheiro em abundância para resolver os problemas da saúde, da educação, da justiça, da segurança e ao mesmo tempo baixar impostos, não acredito.
António Cândido de Oliveira

2.6.09
Noticias de Famalicão
ELEIÇÕES (8)

1. Não posso escrever estas primeiras linhas sem dizer que partilho a dor que atingiu pessoas ligadas a este jornal por efeito do recente falecimento trágico de um ente que lhes era muito querido. A vida é assim e temos de lidar com ela tal como é. Mas custa muito não só a compreender como a aceitar.
2. Li com atenção a entrevista de Jorge Carvalho ao Povo Famalicense. Uma boa entrevista ( das melhores que se tem publicado na nossa imprensa nos últimos anos), estando de parabéns a entrevistadora e o entrevistado. Não a vejo, de nenhum modo, como um ataque contra o PSD mas antes como uma entrevista por Famalicão e por um PSD fiel aos seus princípios fundadores.
3. Quando no início do ano comecei a escrever sobre eleições neste jornal a pensar nos três actos eleitorais que vão decorrer, estava longe de pensar que iria ser convidado para ser mandatário distrital de uma das principais candidaturas às eleições europeias. Fui convidado e aceitei. De há muito que me sinto um português que defende uma Europa cada vez mais forte e solidária. Sem uma tal Europa não teremos todos nós, cidadãos europeus, um papel decisivo na política mundial, sendo que o mundo é cada vez mais a nossa casa comum. Não deixemos os problemas do nosso planeta só nas mãos dos Estados Unidos, da China e de outras potências. Defendamos uma Europa unida e o Tratado de Lisboa, votando no dia 7 de Junho.
António Cândido de Oliveira

19.5.09
Notícias de Famalicão
PARQUE DA CIDADE: CONTINUAMOS SEM INFORMAÇÃO

Dizíamos na semana anterior que deveríamos ter acesso a um desenho (mesmo a um filme ou video) que mostrasse aos famalicenses o que vai ser (ou poderá ser) o novo parque da cidade, o tal que implicará um investimento de 20 milhões de euros. Dissemos também que não encontrámos esse desenho na página oficial do Município. Em “post-scriptum” chamámos, porém, a atenção para um desenho que apareceu há oito dias em várias rotundas da cidade e que publicitava um parque de mais de 300 mil metros quadrados.
Pensámos que, ao menos agora, a página Web do município nos ia mostrar não só uma visão global como detalhada do parque, das zonas envolventes e do seu enquadramento na cidade. Pensámos que a Câmara nos ia proporcionar a informação a que temos direito.
No entanto, acabámos de consultar a página e o que encontramos foi um vídeo com o Senhor Presidente da Câmara a discursar e o texto desse discurso. Nada de desenhos ou de vídeo. Ou seja, o principal para formar um juízo sobre o parque não está lá, nem está facilmente acessível em lado nenhum. Não é assim que se procede e a oposição parece muito desatenta ou conformada. Eu não me conformo. Cumpram o dever de informar quanto antes para que possamos ter uma opinião devidamente fundamentada. Enquanto tal não suceder muitas perguntas continuam por responder.
António Cândido de Oliveira

12.5.09
Notícias de Famalicão
PARQUE DA CIDADE: INFORMAÇÃO!

O Diário do Minho do domingo passado (10.5.2009) abria assim: “ A Câmara Municipal de Famalicão vai pagar 310 mil euros e alterar o PDM para ceder “contrapartidas urbanísticas” às entidades que aceitaram vender o terreno para o Parque da Cidade, disse à Lusa, fonte da Autarquia”.
Dizia a seguir : O parque terá 300 mil metros quadrados de jardim, mata e equipamentos culturais e de lazer”. E ainda: “O PDM vai ser alterado permitindo aos vendedores dos terrenos receber contrapartidas urbanísticas”. O DM informava também que a Câmara Municipal “vai iniciar nos próximos dias a construção de arruamentos e infra-estruturas básicas”.
Perante esta notícia, que também tem circulado nos jornais locais, fui ver a página oficial do município na internet para obter uma informação detalhada e imagens do que vai ocorrer. Pretendia ver o futuro parque como é meu direito como munícipe e interesse da câmara.
Procurei no mesmo dia 10 de Maio e nada encontrei na primeira página como devia. Havia destaque para o “Clube Aventura de Famalicão”, para dois vídeos do Presidente (um de 14.3.2009 e outro de 27 do mesmo mês), para a Feira Medieval e ainda havia espaço para cerca de 20 sumários de notícias. Sobre o Parque nada.
Porquê? Porquê tanta dificuldade de acesso á informação?
(E tantas perguntas à espera de resposta…)
António Cândido de Oliveira
PS – Já repararam numa loja do “Shopping Town” sobre temas da nossa terra?

5.5.09
Noticias de Famalicão
ELEIÇÕES LOCAIS(7)

Era nossa intenção inicial falar semanalmente de eleições (principalmente locais mas não só), pois estamos num ano de três eleições, em pleno período de crise. Modificamos o plano: entremearemos este assunto com outros de interesse local e tudo na rubrica geral “Notícias de Famalicão” que mantemos já há alguns anos.
Mas interessa voltar às eleições, pois, ainda esta manhã (2ª feira), Jorge Sampaio (PR de 1995 a 2005) admitiu como possibilidade a formação de um bloco central para governar o país, caso haja uma crise nomeadamente económica profunda.
E a meu ver tem razão. Os portugueses têm ao longo destes mais de 30 anos de liberdade política e nomeadamente liberdade de votar dado o seu voto largamente maioritário ao PS e ao PSD ( à volta dos 80%). Todos os outros partidos são minoritários, ficando muitas vezes abaixo dos 10% dos votos e a sua maior ambição, quase nunca atingida, é chegar aos 20% dos votos.
Em períodos normais, o desejável é que o PS ou o PSD governem estavelmente.
Esse governo estável implica para o PS maioria absoluta, pois não pode contar com os seus partidos à esquerda. Estes (PCP e BE) ficam mais contentes quando nas eleições ganha o PSD do que quando ganha o PS. Não há possibilidade de alianças sérias com eles.
Já o PSD pode governar estavelmente ora isoladamente se tiver maioria absoluta dos votos, ora em coligação com o CDS desde que os votos de ambos permitam obter a maioria absoluta dos deputados na AR. O CDS tem-se revelado um parceiro sério do PSD.
Para bem do país importa, pois, a meu ver, que em próximas eleições, o PS obtenha maioria absoluta. Se tal não suceder, o melhor é que o PSD, só ou em coligação com o CDS, a obtenha. O pior que pode acontecer é uma situação de ingovernabilidade e para essa eventualidade então forme-se um bom governo de bloco central para enfrentar a crise que atravessamos e para fazer as reformas de que o país ainda necessita.
António Cândido de Oliveira
PS – Em vez de deixar quieto o que estava mais ou menos bem (salvo irregularidades do piso), a Câmara Municipal resolveu mexer na Rua de Olivença e na Rua Cupertino de Miranda para fazer uma “intervenção urbana”. Teve a Câmara ao menos em consideração que ali existe um Hospital e que junto deste o acesso de ambulâncias e, em certos casos, de automóveis é absolutamente prioritário? Duvidamos!

28.4.09
Notícias de Famalicão
25 DE ABRIL

Costumo estar presente, desde o início, nas cerimónias oficiais do 25 de Abril nos Paços do Concelho. Não me preocupa o número de pessoas que aparecem. Não costumam ser muitas, mas são as suficientes para encher o Salão Nobre e ainda transbordar para fora dele.
Outras pessoas têm este mesmo hábito de respeitar o 25 de Abril e entre elas permita-se-me que destaque o Monsenhor Joaquim Fernandes. Nunca exerceu funções políticas, sempre procurou bom entendimento com todos os presidentes (sem deixar de fazer as críticas que entende dever fazer) e não falha no convite que recebe para estar presente nas comemorações oficiais do 25 de Abril.
Tenho muito pena, entretanto, que o nosso capitão de Abril José Luís Bacelar Ferreira tenha deixado de ser um convidado, com lugar especial, nestas cerimónias. As razões que determinaram esse afastamento não honram nem o PSD que tomou essa iniciativa por razões político-partidárias, nem o PS e demais partidos que tal consentiram. Esta discriminação tem ainda mais significado num ano que se homenagearam os presidentes da Câmara depois de 25 de Abril.
Uma palavra sempre para a Banda de Música que oferece o momento mais bonito das cerimónias. Se tivesse poder fazia um contrato com as bandas de música do concelho para regularmente actuarem e passearem pelas ruas da cidade para as pessoas poderem ver “a banda passar” .
António Cândido de Oliveira

14.4.09
Notícias de Famalicão
PODAS ESTRANHAS


Estive para telefonar para a Câmara para pedir explicações. Mas deliberadamente não o fiz. Não somos nós munícipes que temos de pedir explicações sobre a poda de árvores na Avenida 25 de Abril , nesta altura. É a Câmara que tem a obrigação de explicar - bem explicado - o que está a fazer. Se não o fizer merece naturalmente a censura pública que por todo o lado se ouve. Não bastou já o corte feito com as ameixoeiras em flor na Rua Conselheiro Santos Viegas!
António Cândido de Oliveira

17.3.09
Eleições Locais(6)
POLÍTICA É COISA SÉRIA

Quando pensamos em eleições pensamos logo em nomes. Mas a meu ver é muito redutor pensar assim. Os nomes são importantes mas mais importantes são as ideias e os projectos para pôr em prática.
Um exemplo: Famalicão precisa de um parque municipal à altura do grande concelho que é. Ora o que é mais importante daqui a quatro anos? Olharmos para trás e vermos que elegemos um presidente da câmara ou ver que finalmente, por causa dessas eleições, temos um Parque da Cidade de grande qualidade?
Se bem estão lembrados, esse parque estava na agenda eleitoral como promessa em 2001. Em 28 de Janeiro de 2002 em entrevista ao jornal “Opinião Pública” o actual Presidente da Câmara dizia a este respeito : “É a grande obra que quero fazer” .
Estamos em 2009 e o Jornal de Famalicão de 6 de Março apresentava em primeira página uma expressiva e desoladora fotografia relativa à Quinta da Deveza e perguntava “ONDE ESTÁ O “PULMÃO DA CIDADE”?
Entretanto - e pelo que se vai sabendo - está em preparação um Parque da Cidade sem ambição. Um parque de segunda.
António Cândido de Oliveira
PS - Na semana passada um brigada do município, obedecendo a ordens superiores, entrou pela Rua Santos Viegas com a finalidade de aparar as ameixoeiras que lá estão. Procedeu assim em plena floração das mesmas, num momento em que muito embelezavam a rua . Difícil de compreender.
(Texto atrasado no envio à Redacção )
PPS – Os passeios da cidade são lugares de alto risco! Vejam bem onde colocam os pés, pois os buracos estão à espreita para nos deitarem ao chão sem contemplações.

3.3.09
ELEIÇÕES LOCAIS(5)
HÁ MOVIMENTO

Reis Campos reúne semanalmente no âmbito da preparação da candidatura há Câmara municipal. Acho que faz muito bem. Este trabalho de equipa deve ser metódico e paciente. Sei que trabalha também nas freguesias. Excelente. As freguesias são decisivas.
E como estão as coisas na coligação PSD/CDS? Há novidades?
António Cândido de Oliveira

3.2.09
ELEIÇÕES 2009(4)
Passos necessários

Fez bem Reis Campos com o PS ao reunir várias centenas de pessoas num jantar no passado sábado (jantar pago por cada comensal como mandam as boas práticas). É um sinal de que está em marcha um movimento que vai para além do próprio partido e no qual muitos famalicenses depositam esperança.
Não se pode dizer, pois, que não há alternativa em Famalicão. O que se pode dizer é que esta alternativa tem muito trabalho pela frente.
Existe, por exemplo, um "site" de pré-campanha através do qual se possa acompanhar as ideias e a actividade por ela desenvolvida ?

António Cândido de Oliveira

PS – Não acham estranho que a oposição esteja tão silenciosa perante os ataques movidos contra Sócrates? Tão solícitos os partidos da oposição a chamá-lo ao Parlamento por tudo e por nada, neste caso nada dizem. Porquê? Não me digam que é por respeito ao Primeiro-Ministro, porque não acredito


27.1.09
ELEIÇÕES 2009 (3)
Muito silêncio

Como vão as coisas quanto a eleições locais?
Há muito pouco de novo pelo menos na imprensa.
Sabe-se que a candidatura de Reis Campos obrigou o actual Presidente a ter de se pronunciar quando lhe conviria falar o mais tarde possível. Veio dizer, embora de modo não explícito, aquilo que se previa, ou seja, que se candidata de novo.
Temos, pois, a luta principal definida entre o PS liderado por Reis Campos e o PSD/CDS liderado por Armindo Costa.
É o PS quem tem de trabalhar mais se quer vencer. Quem está dentro do poder tem o trabalho facilitado.

António Cândido de Oliveira


13.1.09
ELEIÇÕES 2009
Os cidadãos e as eleições

A ideia de que as eleições são uma coisa dos políticos e que os cidadãos apenas têm que votar (ou não) no momento próprio é errada.
Nós cidadãos temos muito a dizer sobre eleições para além de votar.
Deixemos de lado as eleições europeias e legislativas e dediquemos atenção às eleições locais.
O que nos interessa ao votar para as eleições locais a realizar depois do Verão é que apareçam candidaturas que tenham interesse, ou seja, com pessoas e ideias que nos levem a dizer: "Vale a pena votar!"
Para isso é preciso trabalhar desde já.
E esse trabalho não deve ser feito apenas pelos partidos e dentro dos partidos. Deve ser feito de modo aberto com debate público.
Queremos aqui de algum modo dar um contributo.
Do lado do PS o trabalho parece estar no terreno e a candidatura de Reis Campos permite esperar uma boa lista e um bom programa. Mas estamos a falar apenas de "parece" e de "esperança", pois de concreto sabe-se ainda muito pouco.
Quanto ao lado do PSD não se sabe se vai coligado de novo com o CDS (embora nada indique mudança de posição), também não se sabe quem vai ser o líder (embora não se espere nada de novo) e muito menos qual a equipa. Seria bom que se começasse a saber um pouco mais. Uma mera repetição de 2005 não será, a nosso ver, uma boa solução.
Temos direito, como cidadãos, a duas boas listas, pelo menos, para escolher.

António Cândido de Oliveira