Perante uma pelo menos aparente apatia geral dos famalicenses, a Assembleia Municipal vai aprovar, esta semana, nomeadamente:
1. Uma alteração, de contornos mal definidos, ao Regulamento Municipal de Salvaguarda e Revitalização da Área Central da Cidade de Vila Nova de Famalicão (conhecem este regulamento?)
2. Uma rede viária dentro do Parque da Deveza antes de se debater publicamente o Plano de Pormenor que está a ser elaborado (o carro à frente dos bois)
3. A declaração de interesse público municipal da execução da “cidade desportiva” numa área de quase 267 918 metros quadrados (mas afinal é para fazer já ? E o referendo local?)
A apatia será tão grande que isto não provoque um qualquer tipo de intervenção política e de cidadania à altura?
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 27.11.07)
sábado, 8 de dezembro de 2007
Urbanismo ilegal
O direito do urbanismo determina que o crescimento de uma cidade deve fazer-se com planeamento e discussão pública. Doutro modo, o crescimento é ilegal.
Mas é claramente na ilegalidade que vive o urbanismo na nossa cidade, para não falar do concelho. A táctica é a do facto consumado.
Vão dois exemplos: o local previsto para o Parque Urbano da Deveza e os terrenos envolventes, nomeadamente junto da Av. Humberto Delgado estão a ser continuamente modificados e urbanizados sem que tenha havido um plano elaborado e aprovado e muito menos discussão pública. A imprensa desta semana anunciava (vejam só!) a aprovação pela Câmara do traçado de uma via no futuro Parque da Deveza sem que tenha existido qualquer preocupação com a discussão pública.
A oposição votou contra, mas não chega.
Tem de trazer para a discussão pública (encontrando a arte de o fazer) o que a Câmara quer fazer discretamente.
E não é só este caso. Sirva a título de exemplo, a declaração de interesse público da execução da cidade desportiva (!) com mais de 200.000 m2 de área de intervenção para efeito de negociar terrenos (Cidade Hoje, dia 15.11.2007, p. 5).
A maioria governa de modo desastrado e não tem oposição à altura!
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 20.11.07)
Mas é claramente na ilegalidade que vive o urbanismo na nossa cidade, para não falar do concelho. A táctica é a do facto consumado.
Vão dois exemplos: o local previsto para o Parque Urbano da Deveza e os terrenos envolventes, nomeadamente junto da Av. Humberto Delgado estão a ser continuamente modificados e urbanizados sem que tenha havido um plano elaborado e aprovado e muito menos discussão pública. A imprensa desta semana anunciava (vejam só!) a aprovação pela Câmara do traçado de uma via no futuro Parque da Deveza sem que tenha existido qualquer preocupação com a discussão pública.
A oposição votou contra, mas não chega.
Tem de trazer para a discussão pública (encontrando a arte de o fazer) o que a Câmara quer fazer discretamente.
E não é só este caso. Sirva a título de exemplo, a declaração de interesse público da execução da cidade desportiva (!) com mais de 200.000 m2 de área de intervenção para efeito de negociar terrenos (Cidade Hoje, dia 15.11.2007, p. 5).
A maioria governa de modo desastrado e não tem oposição à altura!
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 20.11.07)
O Alfa Pendular e a Estação
O último Alfa Pendular para Braga parte de Lisboa (Santa Apolónia) às 19 horas e chega a Famalicão às 22,18 (pouco mais do que três horas de viagem). A Estação a essa hora está já fechada. A saída dos passageiros é pela porta lateral e não são muitos. A continuarem as coisas assim, por quanto tempo vai a CP anunciar que o Alfa pára em Famalicão? Queremos perder este benefício?
António Cândido de Oliveira
PS – Entretanto, e junto da Trofa, a linha não está duplicada ( é uma via única que continua provisória desde 2004)
(Povo Famalicense - 13.11.07)
António Cândido de Oliveira
PS – Entretanto, e junto da Trofa, a linha não está duplicada ( é uma via única que continua provisória desde 2004)
(Povo Famalicense - 13.11.07)
Transportes: Breves apontamentos sobre um debate
1. As sessões das “Quartas do Povo” que decorrem na última 4ª feira de cada mês não se esgotam no dia em que ocorrem. Elas chegam a milhares de leitores pelas notícias e, por vezes, comentários, que delas são dadas, no número seguinte do Povo Famalicense.
2. A sessão do dia 31 de Outubro sobre transportes públicos foi particularmente rica e merece alguns comentários que faço já não como moderador mas como alguém que participou na sessão e dela também colheu ensinamentos.
3. A intervenção do docente da Universidade do Minho Eng.º Paulo Ribeiro fez o devido enquadramento da questão, sublinhando a importância do transporte público actualmente e no futuro. É preciso fomentar o transporte colectivo em detrimento do transporte individual. O trabalho do Engº Paulo Ribeiro devia ser publicado, dado o interesse que possui.
4.O Dr. Jorge Paulo Oliveira, vereador do Pelouro dos Transportes, é um político atento e participativo. Na minha opinião, é o mais qualificado membro da maioria na Câmara e o que melhor conhece os problemas do concelho. Porventura um culto excessivo do que entende ser a fidelidade partidária impede-o de dizer o que pensa sobre muitos problemas actuais do nosso concelho. Nesta sessão fez uma intervenção curta, como lhe foi pedido, mas com muita habilidade tentou devolver o problema dos transportes para a esfera nacional, lembrando a responsabilidade de sucessivos governos nacionais ( independentemente da cor partidária) e minimizando a responsabilidade local. Mas, como sublinhou Paulo Ribeiro, a política nacional, que deve existir nesse âmbito, não exclui nem dispensa uma política local e nomeadamente municipal de transportes, nem a responsabilidade das empresas que actuam no sector.
5. O administrador-delegado da Arriva Manuel Oliveira, que dá a cara e sabe do que fala, sempre defendendo, como é natural os interesses da sua empresa, chamou a atenção para diversos problemas entre eles o de uma legislação obsoleta. Legislação ainda de 1948!
6. No debate muito animado que decorreu, Carlos Sá criticou certeiramente, a meu ver, a câmara de Famalicão por não investir o suficiente no transporte público. O exemplo oposto de Braga que indicou foi objecto de resposta contundente por parte do Vereador Jorge Paulo. O tempo não permitiu um melhor esclarecimento deste ponto.
7. Ainda durante o debate, o presidente da junta de freguesia de Lousado, lutando pelos interesses da sua autarquia, questionou a falta de uma ligação dos TUF entre a sede do concelho e aquela freguesia. Não compreende essa falta e eu também não.
8. Também o Dr. Martins de Araújo, presidente de uma associação de pais, trouxe à discussão ( aliás, viva) o modo como decorre o transporte escolar. Este é um problema a merecer só por si uma sessão do “Povo”.
9. Outros participantes fizeram ainda intervenções que apenas, por brevidade, aqui omitimos. Vejamos ainda, de modo breve, alguns problemas que esta sessão pôs na mesa ou leva a reflectir, demonstrando que estas sessões são do maior interesse para o concelho. Podem não resolver problemas, mas impedem que sobre eles reine o silêncio e enriquecem, ao mesmo tempo, a nossa democracia participativa.
10. É preciso fazer a ligação contínua entre a Estação da REFER e a Estação Rodoviária. Não basta fazer passar alguns “TUF,s” pela Estação da cidade, é preciso estabelecer um “serviço combinado com a CP”, como dantes se dizia.
11. É preciso também que todos tenham consciência de que a falta na Avenida Humberto Delgado de uma ligação directa à Central de Camionagem, obriga os veículos a ir à Rotunda da Paz e regressar, percorrendo anualmente mais de 120.000 Km (!) de trajecto escusado.
12. A Central Rodoviária está hoje mal localizada e é, pela sua estrutura, mais uma paragem central de camionagem do que uma verdadeira Estação.
13. A Estação da REFER tal como está hoje envergonha os famalicenses e deveria envergonhar mais ainda os responsáveis pela administração do concelho que não tiveram asas para fazer dela uma grande “Estação com Vida” como a Refer pretendia . O PS e a actual maioria devem partilhar as responsabilidades por tal facto. O PS não teve visão, o PSD/PP muito menos. A Estação da cidade é mais um apeadeiro do que uma verdadeira estação.
14. Era interessante conhecer as cartas entre a Refer e suas filiadas e a Câmara de Famalicão sobre o projecto da Estação. Onde estão elas? Podem ser divulgadas?
15. Não se compreende que os horários e trajectos dos TUF e das restantes empresas de transportes não sejam largamente divulgados e afixados em diversos locais e, desde logo, que não estejam no “site” do município.
16. Não houve oportunidade, pela falta de comparência do representante da CP, ainda que justificada, para falar de problemas do cada vez mais procurado transporte ferroviário. É assunto que não pode ser também esquecido.
17. E muito mais haveria a dizer, se o tempo e o espaço o permitissem.
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 6.11.07)
2. A sessão do dia 31 de Outubro sobre transportes públicos foi particularmente rica e merece alguns comentários que faço já não como moderador mas como alguém que participou na sessão e dela também colheu ensinamentos.
3. A intervenção do docente da Universidade do Minho Eng.º Paulo Ribeiro fez o devido enquadramento da questão, sublinhando a importância do transporte público actualmente e no futuro. É preciso fomentar o transporte colectivo em detrimento do transporte individual. O trabalho do Engº Paulo Ribeiro devia ser publicado, dado o interesse que possui.
4.O Dr. Jorge Paulo Oliveira, vereador do Pelouro dos Transportes, é um político atento e participativo. Na minha opinião, é o mais qualificado membro da maioria na Câmara e o que melhor conhece os problemas do concelho. Porventura um culto excessivo do que entende ser a fidelidade partidária impede-o de dizer o que pensa sobre muitos problemas actuais do nosso concelho. Nesta sessão fez uma intervenção curta, como lhe foi pedido, mas com muita habilidade tentou devolver o problema dos transportes para a esfera nacional, lembrando a responsabilidade de sucessivos governos nacionais ( independentemente da cor partidária) e minimizando a responsabilidade local. Mas, como sublinhou Paulo Ribeiro, a política nacional, que deve existir nesse âmbito, não exclui nem dispensa uma política local e nomeadamente municipal de transportes, nem a responsabilidade das empresas que actuam no sector.
5. O administrador-delegado da Arriva Manuel Oliveira, que dá a cara e sabe do que fala, sempre defendendo, como é natural os interesses da sua empresa, chamou a atenção para diversos problemas entre eles o de uma legislação obsoleta. Legislação ainda de 1948!
6. No debate muito animado que decorreu, Carlos Sá criticou certeiramente, a meu ver, a câmara de Famalicão por não investir o suficiente no transporte público. O exemplo oposto de Braga que indicou foi objecto de resposta contundente por parte do Vereador Jorge Paulo. O tempo não permitiu um melhor esclarecimento deste ponto.
7. Ainda durante o debate, o presidente da junta de freguesia de Lousado, lutando pelos interesses da sua autarquia, questionou a falta de uma ligação dos TUF entre a sede do concelho e aquela freguesia. Não compreende essa falta e eu também não.
8. Também o Dr. Martins de Araújo, presidente de uma associação de pais, trouxe à discussão ( aliás, viva) o modo como decorre o transporte escolar. Este é um problema a merecer só por si uma sessão do “Povo”.
9. Outros participantes fizeram ainda intervenções que apenas, por brevidade, aqui omitimos. Vejamos ainda, de modo breve, alguns problemas que esta sessão pôs na mesa ou leva a reflectir, demonstrando que estas sessões são do maior interesse para o concelho. Podem não resolver problemas, mas impedem que sobre eles reine o silêncio e enriquecem, ao mesmo tempo, a nossa democracia participativa.
10. É preciso fazer a ligação contínua entre a Estação da REFER e a Estação Rodoviária. Não basta fazer passar alguns “TUF,s” pela Estação da cidade, é preciso estabelecer um “serviço combinado com a CP”, como dantes se dizia.
11. É preciso também que todos tenham consciência de que a falta na Avenida Humberto Delgado de uma ligação directa à Central de Camionagem, obriga os veículos a ir à Rotunda da Paz e regressar, percorrendo anualmente mais de 120.000 Km (!) de trajecto escusado.
12. A Central Rodoviária está hoje mal localizada e é, pela sua estrutura, mais uma paragem central de camionagem do que uma verdadeira Estação.
13. A Estação da REFER tal como está hoje envergonha os famalicenses e deveria envergonhar mais ainda os responsáveis pela administração do concelho que não tiveram asas para fazer dela uma grande “Estação com Vida” como a Refer pretendia . O PS e a actual maioria devem partilhar as responsabilidades por tal facto. O PS não teve visão, o PSD/PP muito menos. A Estação da cidade é mais um apeadeiro do que uma verdadeira estação.
14. Era interessante conhecer as cartas entre a Refer e suas filiadas e a Câmara de Famalicão sobre o projecto da Estação. Onde estão elas? Podem ser divulgadas?
15. Não se compreende que os horários e trajectos dos TUF e das restantes empresas de transportes não sejam largamente divulgados e afixados em diversos locais e, desde logo, que não estejam no “site” do município.
16. Não houve oportunidade, pela falta de comparência do representante da CP, ainda que justificada, para falar de problemas do cada vez mais procurado transporte ferroviário. É assunto que não pode ser também esquecido.
17. E muito mais haveria a dizer, se o tempo e o espaço o permitissem.
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 6.11.07)
domingo, 11 de novembro de 2007
Transportes Colectivos
É obrigatório ler a entrevista ao “Povo Famalicense” de Manuel Oliveira, Director-Geral da Arriva para perceber melhor o problema dos transportes colectivos no nosso concelho e não só. Podemos discordar de um ponto ou outro da entrevista, mas não a podemos ignorar. É a partir dela que deveremos tentar melhorar os transportes colectivos/públicos entre nós.
A Arriva diz o que pensa e com clareza.
A CP fará o mesmo esperamos.
Há muitas questões para resolver que interessam a ambas (e ao município)
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 30.10.07)
A Arriva diz o que pensa e com clareza.
A CP fará o mesmo esperamos.
Há muitas questões para resolver que interessam a ambas (e ao município)
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 30.10.07)
Falta de planeamento e desleixo
Para ver o nosso urbanismo não é preciso sair do centro da cidade nem da sua via central, a velha Estrada Real Porto-Braga, depois designada até há poucos anos por Estrada Nacional n.º 14 e, hoje, um conjunto continuado de ruas. Coloquemo-nos junto ao Supermercado Bandeirinha a 200 metros da Câmara Municipal. Para Sul em direcção ao Porto as ruas e os passeios estão cuidados e anda-se relativamente bem a pé até à rotunda de D. Sancho I. Para Norte, temos logo uma rua (Senador Sousa Fernandes) com um mini-passeio, que obriga a fila indiana, do lado nascente e, como se isto não bastasse, ocupado em parte com silvas. Depois chega-se à rotunda de Santo António a menos de 200 metros que, pura e simplesmente, despreza quem anda a pé, obrigando a perigosas travessias ou a subir para uma ponte mal amanhada. E quem pretender continuar para Norte em direcção a Braga, para o novo Tribunal, é melhor nem pensar. Assim se planeia (?) o urbanismo entre nós.
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 23.10.07)
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 23.10.07)
sábado, 10 de novembro de 2007
A Cidade e a Câmara
O painel de uma empresa imobiliária acabado de colocar, em frente à Câmara Municipal, deve suscitar a melhor atenção.
Não está em causa uma intervenção urbanística naquele importante local. O que está em causa é saber o que vai surgir.
Nada ali deve ser feito sem uma intervenção de conjunto, ou seja, sem um planeamento adequado.
Alguém sabe algo sobre isso?
Temos o direito de saber e de dar opinião.
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 16.10.07)
Não está em causa uma intervenção urbanística naquele importante local. O que está em causa é saber o que vai surgir.
Nada ali deve ser feito sem uma intervenção de conjunto, ou seja, sem um planeamento adequado.
Alguém sabe algo sobre isso?
Temos o direito de saber e de dar opinião.
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 16.10.07)
Pão
Durante a semana passada tive a oportunidade de provar pão de diversas zonas do país e de verificar desse modo como aquele que se come no nosso concelho (particularmente na cidade) deixa muito a desejar.
Digam-me onde há pão de qualidade em Famalicão? Aquele pão que nos dias seguintes ainda é bom!
Em vez de gastarmos dinheiro, em feiras de doçaria e de gastronomia, com ovos moles de Aveiro e pão com chouriço não sei de onde, melhor seria termos, em cada ano, prémios para as melhores padarias do concelho e, já agora, para as nossas melhores confeitarias. Por ocasião da Feira de São Miguel, por exemplo.
Ganharíamos muito mais com isso, até em saúde!
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 9.10.07)
Digam-me onde há pão de qualidade em Famalicão? Aquele pão que nos dias seguintes ainda é bom!
Em vez de gastarmos dinheiro, em feiras de doçaria e de gastronomia, com ovos moles de Aveiro e pão com chouriço não sei de onde, melhor seria termos, em cada ano, prémios para as melhores padarias do concelho e, já agora, para as nossas melhores confeitarias. Por ocasião da Feira de São Miguel, por exemplo.
Ganharíamos muito mais com isso, até em saúde!
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 9.10.07)
Urbanismo e Política
Saber das relações entre o urbanismo e a política e mais particularmente entre os negócios do urbanismo e os meandros da política é assunto que tem o maior interesse e sobre o qual devemos procurar obter informação.
Não são simples essas relações e todos os contributos vindos de quem tem qualificação para falar sobre elas são bem-vindos.
A “Quarta do Povo” desta semana tem como convidado quem conhece estes problemas por dentro, o Dr. Paulo Morais, ainda muito recentemente vice-presidente e vereador do urbanismo da segunda maior câmara municipal do país e autor do livro “Mudar o Poder Local”.
Espera-se uma boa e qualificada participação.
António Cândido de Oliveira
PS – Foi bom ver passar pelas ruas da cidade, no passado domingo, a corporação dos “Famalicenses” ( os “bombeiros de cima”) com a sua fanfarra, pessoal devidamente formado e mais de 30 viaturas. Foi um desfile imponente!
(Povo Famalicense - 25.9.07)
Não são simples essas relações e todos os contributos vindos de quem tem qualificação para falar sobre elas são bem-vindos.
A “Quarta do Povo” desta semana tem como convidado quem conhece estes problemas por dentro, o Dr. Paulo Morais, ainda muito recentemente vice-presidente e vereador do urbanismo da segunda maior câmara municipal do país e autor do livro “Mudar o Poder Local”.
Espera-se uma boa e qualificada participação.
António Cândido de Oliveira
PS – Foi bom ver passar pelas ruas da cidade, no passado domingo, a corporação dos “Famalicenses” ( os “bombeiros de cima”) com a sua fanfarra, pessoal devidamente formado e mais de 30 viaturas. Foi um desfile imponente!
(Povo Famalicense - 25.9.07)
Mau Governo
Temos muitas razões para ter orgulho no nosso concelho. É um dos principais do país, tendo mais de 120 mil habitantes e mais de 200 quilómetros quadrados. Está entre os 20 principais concelhos do país (18.º) e, se exceptuarmos os principais concelhos da Grande Lisboa e do Grande Porto, está em 5.º lugar!
Ao nosso lado, concelhos como os da Trofa ou Vizela são miniaturas.
Um concelho assim grande - que se estende de Joane a Gondifelos, de Riba d’Ave a Fradelos, de Arnoso a Ribeirão - precisa de bom governo municipal. Tem, porém, um mau governo e não se perspectiva um outro melhor. Motivo para dupla e séria preocupação!
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 18.9.07)
Ao nosso lado, concelhos como os da Trofa ou Vizela são miniaturas.
Um concelho assim grande - que se estende de Joane a Gondifelos, de Riba d’Ave a Fradelos, de Arnoso a Ribeirão - precisa de bom governo municipal. Tem, porém, um mau governo e não se perspectiva um outro melhor. Motivo para dupla e séria preocupação!
António Cândido de Oliveira
(Povo Famalicense - 18.9.07)
Tipografia Minerva
Quando passo pelo edifício da antiga Tipografia Minerva, na Rua Barão de Trovisqueira, pergunto-me sempre: por quanto tempo vamos poder usufruir ainda desta memória da nossa cidade?
Quantos famalicenses têm consciência do que representou para Famalicão aquela que foi uma das mais consagradas tipografias do país no século XX e na qual foram editadas obras da maior importância que ostentam o nome da nossa terra e daquela casa?
Se essa consciência e consequente reconhecimento existirem, será dado, seguramente, um destino compatível àquele prédio. Poderá ser mesmo um fim lucrativo, mas sem alterar o seu aspecto exterior.
A valorização do património cultural da nossa terra pede, quanto antes, uma actuação eficaz nesse sentido.
Povo Famalicense - 11.9.07
António Cândido de Oliveira
Quantos famalicenses têm consciência do que representou para Famalicão aquela que foi uma das mais consagradas tipografias do país no século XX e na qual foram editadas obras da maior importância que ostentam o nome da nossa terra e daquela casa?
Se essa consciência e consequente reconhecimento existirem, será dado, seguramente, um destino compatível àquele prédio. Poderá ser mesmo um fim lucrativo, mas sem alterar o seu aspecto exterior.
A valorização do património cultural da nossa terra pede, quanto antes, uma actuação eficaz nesse sentido.
Povo Famalicense - 11.9.07
António Cândido de Oliveira
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Árvores
(Publicado em "O Povo Famalicense"- 4 de Setembro de 2007)
A nossa cidade tem, felizmente, ruas com árvores. Deveria ter mais até. Mas ter árvores é uma responsabilidade. As pessoas - e principalmente os moradores que ficam junto delas - só as estimarão se forem regularmente podadas de modo a não estorvarem a passagem, nem invadirem os seus prédios. Devem também ser devidamente cuidadas e limpas na época da queda das folhas. É uma responsabilidade pública do município e, subsidiariamente, da freguesia para a qual se chama a atenção em devido tempo.
António Cândido de Oliveira
(Publicado em "O Povo Famalicense"- 4 de Setembro de 2007)
A nossa cidade tem, felizmente, ruas com árvores. Deveria ter mais até. Mas ter árvores é uma responsabilidade. As pessoas - e principalmente os moradores que ficam junto delas - só as estimarão se forem regularmente podadas de modo a não estorvarem a passagem, nem invadirem os seus prédios. Devem também ser devidamente cuidadas e limpas na época da queda das folhas. É uma responsabilidade pública do município e, subsidiariamente, da freguesia para a qual se chama a atenção em devido tempo.
António Cândido de Oliveira
Urbanização da Estação
(Publicado em "O Povo Famalicense" - 7 de Agosto de 2007)
Fui ao “site” da Câmara para ver informações sobre a Urbanização das Bétulas que vai ser feita para albergar a comunidade cigana residente junto da Estação. Estava à espera de uma informação detalhada até porque, ao que parece, a ideia inicial da arquitecta Elsa Oliveira foi alterada por imposição (!) do Instituto Nacional de Habitação.
A página “web” do município é muito pobre sobre este assunto e remete-nos para uma notícia saída no jornal “Público” de 25 de Julho.É muito pouco. Temos o direito de saber o que vai ser ali feito, bem como os arranjos e investimentos na zona envolvente.
Não é para dar uma informação completa aos munícipes, principalmente quando se trata de assuntos importantes como este, que serve a página da “net”?
António Cândido de Oliveira
(Publicado em "O Povo Famalicense" - 7 de Agosto de 2007)
Fui ao “site” da Câmara para ver informações sobre a Urbanização das Bétulas que vai ser feita para albergar a comunidade cigana residente junto da Estação. Estava à espera de uma informação detalhada até porque, ao que parece, a ideia inicial da arquitecta Elsa Oliveira foi alterada por imposição (!) do Instituto Nacional de Habitação.
A página “web” do município é muito pobre sobre este assunto e remete-nos para uma notícia saída no jornal “Público” de 25 de Julho.É muito pouco. Temos o direito de saber o que vai ser ali feito, bem como os arranjos e investimentos na zona envolvente.
Não é para dar uma informação completa aos munícipes, principalmente quando se trata de assuntos importantes como este, que serve a página da “net”?
António Cândido de Oliveira
Desleixo
(Publicado em "O Povo Famalicense" - 31 de Julho de 2007)
Há uma política do centro da nossa cidade que assenta em passeios de pequenos cubos de pedra e de cubos grandes nas passagens para peões. Ora, esses passeios e passadeiras requerem cuidados constantes, pois doutro modo os cubos, grandes ou pequenos, começam a soltar-se, causando problemas aos peões e aos automóveis. Porém, não se vê esse cuidado e poderíamos apontar dezenas de locais onde o desleixo é bem visível. Que anda a câmara - e subsidiariamente a junta de freguesia - a fazer?
António Cândido de Oliveira
(Publicado em "O Povo Famalicense" - 31 de Julho de 2007)
Há uma política do centro da nossa cidade que assenta em passeios de pequenos cubos de pedra e de cubos grandes nas passagens para peões. Ora, esses passeios e passadeiras requerem cuidados constantes, pois doutro modo os cubos, grandes ou pequenos, começam a soltar-se, causando problemas aos peões e aos automóveis. Porém, não se vê esse cuidado e poderíamos apontar dezenas de locais onde o desleixo é bem visível. Que anda a câmara - e subsidiariamente a junta de freguesia - a fazer?
António Cândido de Oliveira
sábado, 28 de julho de 2007
Enxota Casamentos
(Publicado em "O P0v0 Famalicense" - 24 de Julho de 2007)
Os famalicenses já repararam que, afinal, foi colocado um “enxota-casamentos” no jardim da câmara municipal?
Aquilo que pretendeu ser um histórico monumento mural teve como principal efeito fazer desaparecer os casamentos daquele espaço, muito desejado e procurado pelos fotógrafos, pela beleza e extensão do canteiro central.
Com o “muromento” o jardim foi profundamente afectado e os ângulos para tirar fotografias diminuiram drasticamente. Naturalmente, os casamentos fugiram…
António Cândido de Oliveira
PS – Que vergonha, para nós famalicenses, aquela ida do PS júnior e do PS sénior a Lisboa, por ocasião das eleições intercalares ! Estavam tão bem em casa…
Os famalicenses já repararam que, afinal, foi colocado um “enxota-casamentos” no jardim da câmara municipal?
Aquilo que pretendeu ser um histórico monumento mural teve como principal efeito fazer desaparecer os casamentos daquele espaço, muito desejado e procurado pelos fotógrafos, pela beleza e extensão do canteiro central.
Com o “muromento” o jardim foi profundamente afectado e os ângulos para tirar fotografias diminuiram drasticamente. Naturalmente, os casamentos fugiram…
António Cândido de Oliveira
PS – Que vergonha, para nós famalicenses, aquela ida do PS júnior e do PS sénior a Lisboa, por ocasião das eleições intercalares ! Estavam tão bem em casa…
Um Mapa de Famalicão de 1854
(Publicado em "O Povo Famalicense" de 17 de Julho de 2007. Tem pequenas alterações)
Como foi possível que um prestigiado advogado famalicense (terra de bons advogados) conseguisse obter um dos mapas mais antigos (porventura o mais antigo que existe) sobre a actual cidade de Vila Nova de Famalicão?
Posso avançar a resposta. Quando um causídico toma os assuntos que tem no escritório a sério e faz a investigação histórica que esses assuntos muitas vezes exigem, gasta horas e horas, tem desilusões e incompreensões, mas encontra, por vezes, recompensa para o esforço feito. Recompensa não só por recolher elementos para melhor resolver a questão que tem em mãos, como por encontrar documentos que nem sequer se imaginava e que tem todo o interesse noutros domínios. Foi o que sucedeu neste caso.
Trata-se de um mapa curiosíssimo, feito em 1854, encontrado num arquivo, que vai prender a atenção dos famalicenses que gostam da sua terra e vai permitir verificar não só como era a vila de Famalicão em meados do século XIX, como a evolução que poderia ter tido, pois nessa altura tudo estava em praticamente em aberto.
Voltaremos a falar disso, pois ainda há muito a dizer.
Entretanto, os famalicenses irão saber mais, mas não me cabe revelar o mapa. Tal tarefa cabe à Câmara Municipal que o fará, certamente, de modo adequado, pois já o tem em seu poder.
Como foi possível que um prestigiado advogado famalicense (terra de bons advogados) conseguisse obter um dos mapas mais antigos (porventura o mais antigo que existe) sobre a actual cidade de Vila Nova de Famalicão?
Posso avançar a resposta. Quando um causídico toma os assuntos que tem no escritório a sério e faz a investigação histórica que esses assuntos muitas vezes exigem, gasta horas e horas, tem desilusões e incompreensões, mas encontra, por vezes, recompensa para o esforço feito. Recompensa não só por recolher elementos para melhor resolver a questão que tem em mãos, como por encontrar documentos que nem sequer se imaginava e que tem todo o interesse noutros domínios. Foi o que sucedeu neste caso.
Trata-se de um mapa curiosíssimo, feito em 1854, encontrado num arquivo, que vai prender a atenção dos famalicenses que gostam da sua terra e vai permitir verificar não só como era a vila de Famalicão em meados do século XIX, como a evolução que poderia ter tido, pois nessa altura tudo estava em praticamente em aberto.
Voltaremos a falar disso, pois ainda há muito a dizer.
Entretanto, os famalicenses irão saber mais, mas não me cabe revelar o mapa. Tal tarefa cabe à Câmara Municipal que o fará, certamente, de modo adequado, pois já o tem em seu poder.
Eixo Atlântico
( Publicado em "O Povo Famalicense" - 10 de Julho de 2007)
A entrada do nosso município no Eixo Atlântico merece inteiro aplauso. É provável que muitos leitores não conheçam esta associação fundada em 1991, mas vale a pena começar a saber algo mais sobre ela, pois junta as mais importantes cidades da Região Norte de Portugal e da Galiza. Vejamos algumas: Porto, Braga, Vila Nova de Gaia, Guimarães, Chaves, Bragança, Viana do Castelo, Ourense, Vigo, Pontevedra, Santiago de Compostela, Lugo, La Coruña e Ferrol
Até agora estávamos de fora, entramos há alguns dias, por ocasião de uma reunião havida em Gaia, com algumas outras mais. Ainda bem!
Importa que esta associação de desenvolvimento e cooperação transfronteiriça tenha forte dinamismo e que Famalicão contribua também para isso, através de iniciativas concretas.
António Cândido de Oliveira
A entrada do nosso município no Eixo Atlântico merece inteiro aplauso. É provável que muitos leitores não conheçam esta associação fundada em 1991, mas vale a pena começar a saber algo mais sobre ela, pois junta as mais importantes cidades da Região Norte de Portugal e da Galiza. Vejamos algumas: Porto, Braga, Vila Nova de Gaia, Guimarães, Chaves, Bragança, Viana do Castelo, Ourense, Vigo, Pontevedra, Santiago de Compostela, Lugo, La Coruña e Ferrol
Até agora estávamos de fora, entramos há alguns dias, por ocasião de uma reunião havida em Gaia, com algumas outras mais. Ainda bem!
Importa que esta associação de desenvolvimento e cooperação transfronteiriça tenha forte dinamismo e que Famalicão contribua também para isso, através de iniciativas concretas.
António Cândido de Oliveira
Edifício Shell
(Publicado em "O Povo Famalicense" - 3 de Julho de 2007
Houve uma sessão de apresentação (para convidados e sem debate?) da segunda cidade desportiva da cidade, no Auditório da Casa de Camilo, em Seide, na passada 4ª feira. Espero mais informação na comunicação social para falar sobre esse projecto.
Entretanto, chamo a atenção dos leitores para o edifício da Shell (onde estava a antiga bomba de gasolina) junto do novo Posto de Turismo.
Ele é ilustração da política de urbanismo da actual câmara ou esta jura que não tem nada a ver com aquilo, apesar de ser uma construção muito recente? Era bom saber.
Seja de quem for a responsabilidade, vejam os leitores como cresce a nossa cidade: o promotor quer, a câmara obedece. Ainda que a obra seja feita num bico de terreno.
António Cândido de Oliveira
Houve uma sessão de apresentação (para convidados e sem debate?) da segunda cidade desportiva da cidade, no Auditório da Casa de Camilo, em Seide, na passada 4ª feira. Espero mais informação na comunicação social para falar sobre esse projecto.
Entretanto, chamo a atenção dos leitores para o edifício da Shell (onde estava a antiga bomba de gasolina) junto do novo Posto de Turismo.
Ele é ilustração da política de urbanismo da actual câmara ou esta jura que não tem nada a ver com aquilo, apesar de ser uma construção muito recente? Era bom saber.
Seja de quem for a responsabilidade, vejam os leitores como cresce a nossa cidade: o promotor quer, a câmara obedece. Ainda que a obra seja feita num bico de terreno.
António Cândido de Oliveira
Polícia Municipal
(Publicado em "O Povo Famalicense" - 26 de Junho de 2007 )
A polícia municipal não anda bem. Vive uma crise que, em boa parte, a transcende.
Das duas uma: ou a polícia municipal conquista a população, porque é encarada como um serviço que aumenta a sua segurança ou é rejeitada por ela, porque é vista como uma despesa inútil.
Nós não precisamos de uma polícia municipal só para passar multas ou para abrir o caminho de desfiles ou procissões.
Precisamos principalmente de uma polícia que, em colaboração com as forças de segurança, proteja efectivamente os munícipes.
Será que tal sucede ou poderá vir ainda a suceder?
O debate de quarta-feira na ACIF andará à volta disto.
Participe!
António Cândido de Oliveira
Post Scriptum:
1 - Se o tempo o permitir, olhem para o lado do mar e contemplem ao entardecer e até cerca da meia-noite a Estrela da Tarde. E já agora descubram outra “estrela”, igualmente brilhante, no lado poente-sul.
2 – E têm apreciado o cheiro agradabilíssimo das dezenas de tílias da nossa cidade? Ou nem deram por ela?
A polícia municipal não anda bem. Vive uma crise que, em boa parte, a transcende.
Das duas uma: ou a polícia municipal conquista a população, porque é encarada como um serviço que aumenta a sua segurança ou é rejeitada por ela, porque é vista como uma despesa inútil.
Nós não precisamos de uma polícia municipal só para passar multas ou para abrir o caminho de desfiles ou procissões.
Precisamos principalmente de uma polícia que, em colaboração com as forças de segurança, proteja efectivamente os munícipes.
Será que tal sucede ou poderá vir ainda a suceder?
O debate de quarta-feira na ACIF andará à volta disto.
Participe!
António Cândido de Oliveira
Post Scriptum:
1 - Se o tempo o permitir, olhem para o lado do mar e contemplem ao entardecer e até cerca da meia-noite a Estrela da Tarde. E já agora descubram outra “estrela”, igualmente brilhante, no lado poente-sul.
2 – E têm apreciado o cheiro agradabilíssimo das dezenas de tílias da nossa cidade? Ou nem deram por ela?
Passageiros na Estação de Famalicão
Publicado em "O Povo Famalicense" - 19 de Junho de 2007
Obtive da CP a informação de que o movimento de passageiros na Estação de Famalicão foi o seguinte: em 2002, 350.000; em 2003, 357.000; em 2004 (ano em que foi inaugurada a remodelação da Linha Porto-Braga , 429.000; em 2005, 517.000 e em 2006, 590.000 (estes e outros dados foram já publicados num artigo publicado no JN, mas não foram lidos em boa parte do município de Famalicão).
Tem havido assim, principalmente, depois de 2004, um aumento significativo de transporte de passageiros. Estou certo de que o movimento seria ainda muito maior se houvesse adequada ligação entre a Cidade e a Estação e esta fosse objecto da atenção que lhe é devida e não é dada.
Aumentariam também os passageiros se os comboios para o Porto e para Braga não fossem, por causa das inúmeras paragens, tão lentos. A demora de 1,15h (1 hora nos comboios mais rápidos) na viagem entre Famalicão e Porto-São Bento é um modo de afastar utentes . Esta viagem não deveria demorar mais de 30 minutos (e mesmo assim seria uma média pouco superior a 60 Km/hora).
Soube também que, em finais de 2005, a CP fez “contactos com a Arriva, empresa proprietária dos TUF, para se estudar a possibilidade de ligação a autocarros na estação de Famalicão” sem resultados práticos.
Pelo que se depreende a Câmara de Famalicão nada tem feito (se fez que o diga!) para fomentar o transporte de passageiros pelo comboio.
Para quem pretenda dizer algo sobre o transporte na Linha Porto-Braga tem à disposição o endereço electrónico comboios@jn.pt. Importa que os interessados se manifestem.
António Cândido de Oliveira
Obtive da CP a informação de que o movimento de passageiros na Estação de Famalicão foi o seguinte: em 2002, 350.000; em 2003, 357.000; em 2004 (ano em que foi inaugurada a remodelação da Linha Porto-Braga , 429.000; em 2005, 517.000 e em 2006, 590.000 (estes e outros dados foram já publicados num artigo publicado no JN, mas não foram lidos em boa parte do município de Famalicão).
Tem havido assim, principalmente, depois de 2004, um aumento significativo de transporte de passageiros. Estou certo de que o movimento seria ainda muito maior se houvesse adequada ligação entre a Cidade e a Estação e esta fosse objecto da atenção que lhe é devida e não é dada.
Aumentariam também os passageiros se os comboios para o Porto e para Braga não fossem, por causa das inúmeras paragens, tão lentos. A demora de 1,15h (1 hora nos comboios mais rápidos) na viagem entre Famalicão e Porto-São Bento é um modo de afastar utentes . Esta viagem não deveria demorar mais de 30 minutos (e mesmo assim seria uma média pouco superior a 60 Km/hora).
Soube também que, em finais de 2005, a CP fez “contactos com a Arriva, empresa proprietária dos TUF, para se estudar a possibilidade de ligação a autocarros na estação de Famalicão” sem resultados práticos.
Pelo que se depreende a Câmara de Famalicão nada tem feito (se fez que o diga!) para fomentar o transporte de passageiros pelo comboio.
Para quem pretenda dizer algo sobre o transporte na Linha Porto-Braga tem à disposição o endereço electrónico comboios@jn.pt. Importa que os interessados se manifestem.
António Cândido de Oliveira
quarta-feira, 13 de junho de 2007
ECOPISTA NA GAVETA
A notícia vinha no “Público”, do dia 10 de Junho, e titulava : “Presidente da Câmara da Póvoa de Varzim pediu desculpa à Refer por causa da ecopista”.
Fica-se a saber pela leitura do conteúdo que o Presidente da Câmara da Póvoa atirou à Refer culpas que esta não tinha.
Com efeito, a Refer, acusada de nada fazer, teria enviado um estudo feito por uma empresa de arquitectura paisagística para os municípios da Póvoa de Varzim e de Famalicão em 17 de Julho de 2006.
Pergunto: quem conhece esse estudo? Não temos todos o direito a conhecê-lo?
Diz ainda a notícia, no que respeita a Famalicão, que as “obras ainda não arrancaram, apesar de terem sido uma promessa eleitoral do presidente da câmara, Armindo Costa”.
O que a notícia do “Público” não diz é que, para a Câmara de Famalicão, o que apenas importa é a cidade desportiva, como se pode deduzir do JN, de 5 de Junho de 2007, estando prometida a apresentação do novo estádio (a erguer em local, ainda secreto, mas ao alcance do pé), para o dia 27, na Casa das Artes, pelas 21,30 horas.
Vai ser uma apresentação, imagina-se, com pompa e circunstância, prevendo-se a presença de grandes atracções, mantidas também em segredo, até ao último momento.
António Cândido de Oliveira
(Publicado em "O Povo Famalicense", 12 de Junho de 2007, com pequenas adaptações)
Fica-se a saber pela leitura do conteúdo que o Presidente da Câmara da Póvoa atirou à Refer culpas que esta não tinha.
Com efeito, a Refer, acusada de nada fazer, teria enviado um estudo feito por uma empresa de arquitectura paisagística para os municípios da Póvoa de Varzim e de Famalicão em 17 de Julho de 2006.
Pergunto: quem conhece esse estudo? Não temos todos o direito a conhecê-lo?
Diz ainda a notícia, no que respeita a Famalicão, que as “obras ainda não arrancaram, apesar de terem sido uma promessa eleitoral do presidente da câmara, Armindo Costa”.
O que a notícia do “Público” não diz é que, para a Câmara de Famalicão, o que apenas importa é a cidade desportiva, como se pode deduzir do JN, de 5 de Junho de 2007, estando prometida a apresentação do novo estádio (a erguer em local, ainda secreto, mas ao alcance do pé), para o dia 27, na Casa das Artes, pelas 21,30 horas.
Vai ser uma apresentação, imagina-se, com pompa e circunstância, prevendo-se a presença de grandes atracções, mantidas também em segredo, até ao último momento.
António Cândido de Oliveira
(Publicado em "O Povo Famalicense", 12 de Junho de 2007, com pequenas adaptações)
sexta-feira, 8 de junho de 2007
É TEMPO DE OPOSIÇÃO!
Apresentar um projecto de cidade desportiva sem antes apresentar um projecto de cidade é fazer as coisas às avessas. Mas é isso mesmo que a Câmara de Famalicão se prepara para fazer. Ela tem uma cidade desportiva para anunciar publicamente e não anuncia - nem se lhe conhece - um projecto de cidade.
Da oposição, de preferência unida, esperam os famalicenses uma atitude à altura deste comportamento. Ela pode fazer muito mais do que se pensa, se tiver capacidade para o fazer. Pelo contrário, se tiver o mesmo nível que tem a actual maioria nada fará.
Damos apenas alguns exemplos do que poderá fazer.
Pode convocar, pois tem o direito de o fazer, uma reunião extraordinária da assembleia municipal (artigo 50.º da Lei n.º 169/99), tendo exactamente como tema a cidade, para exigir da actual maioria que diga qual o projecto concreto de cidade que tem, se é que tem algum.
Pode, se a resposta não for satisfatória, apresentar uma moção de censura à câmara pela sua actuação (artigo 53.º da mesma Lei).
Ao contrário do que se imagina, uma moção de censura não deve ser apresentada apenas quando se tem a certeza que se vai ganhar. Avança-se com uma moção de censura para dizer que algo está mal, para alertar a opinião pública e para que esta fique com a certeza de que alguém protestou. A moção de censura é preparar o caminho para o futuro.
O silêncio, nestas coisas, significa cumplicidade.
António Cândido de Oliveira
(Publicado em "O Povo Famalicense" de 5 de Jumho)
Da oposição, de preferência unida, esperam os famalicenses uma atitude à altura deste comportamento. Ela pode fazer muito mais do que se pensa, se tiver capacidade para o fazer. Pelo contrário, se tiver o mesmo nível que tem a actual maioria nada fará.
Damos apenas alguns exemplos do que poderá fazer.
Pode convocar, pois tem o direito de o fazer, uma reunião extraordinária da assembleia municipal (artigo 50.º da Lei n.º 169/99), tendo exactamente como tema a cidade, para exigir da actual maioria que diga qual o projecto concreto de cidade que tem, se é que tem algum.
Pode, se a resposta não for satisfatória, apresentar uma moção de censura à câmara pela sua actuação (artigo 53.º da mesma Lei).
Ao contrário do que se imagina, uma moção de censura não deve ser apresentada apenas quando se tem a certeza que se vai ganhar. Avança-se com uma moção de censura para dizer que algo está mal, para alertar a opinião pública e para que esta fique com a certeza de que alguém protestou. A moção de censura é preparar o caminho para o futuro.
O silêncio, nestas coisas, significa cumplicidade.
António Cândido de Oliveira
(Publicado em "O Povo Famalicense" de 5 de Jumho)
domingo, 20 de maio de 2007
O DESNORTE DA CÂMARA
Falei deste assunto na semana passada, mas merece que volte a ele de modo mais detalhado e mais nítido.
Em 14 de Maio de 2004, a Câmara Municipal recebeu luz verde da Assembleia Municipal para adquirir, junto da Estação Ferroviária, um prédio para alojamento da comunidade cigana por mais de 200.000 contos (1.072.400 euros). Um prédio caríssimo (tem a área de 2.236 metros quadrados) e um negócio rodeado de segredo para não perturbar o respectivo êxito (ainda hoje me pergunto para quê tanto segredo). A Assembleia Municipal deu o seu aval por larga maioria à compra e ficamos todos com a esperança de que a câmara solucionasse rapidamente o alojamento daquelas famílias.
Atingiam-se três objectivos: dava-se habitação em condições dignas àquelas pessoas (muitas delas crianças e velhos); terminava a vergonha daquele local nobre da nossa cidade; e libertava-se terreno para a construção de um parque de estacionamento da Estação com ligação directa a esta, tudo em grande como prometera a Câmara de então, pela voz do seu Presidente.
Passaram-se precisamente três anos e o que vemos? Vemos que a mesma Câmara, renovada por sufrágio eleitoral, em 2005, demonstrando um completo desnorte, mantém um absoluto silêncio sobre este importante projecto de triplo alcance e em vez disso anuncia uma mais que supérflua cidade desportiva (também ela envolta em negócios secretos) com a qual parece querer mostrar obra (e sem referendo, como lhe convém).
António Cândido de Oliveira
(Retirado com permissão e pequena alteração de "O Povo Famalicense", onde publiquei)
20.05.07
Falei deste assunto na semana passada, mas merece que volte a ele de modo mais detalhado e mais nítido.
Em 14 de Maio de 2004, a Câmara Municipal recebeu luz verde da Assembleia Municipal para adquirir, junto da Estação Ferroviária, um prédio para alojamento da comunidade cigana por mais de 200.000 contos (1.072.400 euros). Um prédio caríssimo (tem a área de 2.236 metros quadrados) e um negócio rodeado de segredo para não perturbar o respectivo êxito (ainda hoje me pergunto para quê tanto segredo). A Assembleia Municipal deu o seu aval por larga maioria à compra e ficamos todos com a esperança de que a câmara solucionasse rapidamente o alojamento daquelas famílias.
Atingiam-se três objectivos: dava-se habitação em condições dignas àquelas pessoas (muitas delas crianças e velhos); terminava a vergonha daquele local nobre da nossa cidade; e libertava-se terreno para a construção de um parque de estacionamento da Estação com ligação directa a esta, tudo em grande como prometera a Câmara de então, pela voz do seu Presidente.
Passaram-se precisamente três anos e o que vemos? Vemos que a mesma Câmara, renovada por sufrágio eleitoral, em 2005, demonstrando um completo desnorte, mantém um absoluto silêncio sobre este importante projecto de triplo alcance e em vez disso anuncia uma mais que supérflua cidade desportiva (também ela envolta em negócios secretos) com a qual parece querer mostrar obra (e sem referendo, como lhe convém).
António Cândido de Oliveira
(Retirado com permissão e pequena alteração de "O Povo Famalicense", onde publiquei)
20.05.07
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Apresentação
Este blog surge, a título experimental, antes de mais, pelo facto de exercer actualmente as funções de membro da assembleia de freguesia de Vila Nova de Famalicão e entender que devo ter uma comunicação com os eleitores. É o cumprimento do dever que têm todos os que são eleitos.
Aproveito também este blog para dar notícia de outras actividades de cidadania que vou desenvolvendo (em relação ao meu município, em relação à Região Norte a que pertenço).
Para facilitar a leitura e consulta do blog tentarei dividi-lo por partes: uma reservada à freguesia, outra ao município e outra à região; ficará ainda uma outra para diversos).
Quem começa um blog assume um dever: tê-lo actualizado. Tentarei.
Com as melhores saudações,
António Cândido de Oliveira
Aproveito também este blog para dar notícia de outras actividades de cidadania que vou desenvolvendo (em relação ao meu município, em relação à Região Norte a que pertenço).
Para facilitar a leitura e consulta do blog tentarei dividi-lo por partes: uma reservada à freguesia, outra ao município e outra à região; ficará ainda uma outra para diversos).
Quem começa um blog assume um dever: tê-lo actualizado. Tentarei.
Com as melhores saudações,
António Cândido de Oliveira
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