domingo, 5 de outubro de 2008

Apontamentos Diversos

Quando o tempo de que dispomos é curto, fazer breves apontamentos é a solução.

1. Nós famalicenses, por nascimento ou residência, temos o dever, que muitas vezes não cumprimos, de lembrar, os conterrâneos que deixaram marcas na nossa terra. Evocamos aqui em breves linhas o Arquitecto José Marinho, recentemente falecido, que dedicou muito da sua vida a Famalicão. Todos os que o conheciam sabem como vivia os problemas da nossa cidade, procurando que ela fosse um lugar agradável para viver e como sofria quando ela era maltratada. Lembramos também o seu espírito de iniciativa e a dedicação às instituições da terra, com especial relevo para o Famalicense Atlético Clube que serviu durante largos anos como praticante e como dirigente ao mais alto nível. Ligada à sua actividade no FAC está a construção do actual Pavilhão da zona desportiva da cidade. Não se pode esquecer também (e tantas coisas ficarão aqui esquecidas) a Nova Igreja Matriz que projectou, com audácia, nos anos sessenta e que só muito mais tarde foi possível concretizar.

2. As comemorações do centenário de Alberto Sampaio estão a decorrer com muito nível e interesse. Saber que o passeio “O Caminho de Alberto Sampaio” entre a Casa de Boamense e o Mosteiro de Landim juntou cerca de 200 pessoas é motivo de grande satisfação. E ainda há importantes actos de comemoração a decorrer.

3. A limitação do direito de participação do público nas sessões da Assembleia Municipal recentemente aprovada não se compreende. É certo que a participação deveria ser melhor regulamentada e desde logo, como sucede noutros municípios, ter uma hora e período de tempo definidos. Mas, ao que parece, o que se aprovou foi um inquérito prévio obrigatório a quem pretende falar no período destinado ao público. Compreende-se perfeitamente a atitude de Tavares Bastos, abandonando a sessão. Mas o público interessado só se conforma com esta decisão se quiser. Pode, com imaginação, interpelar a assembleia, sem desrespeitar a lei ou o regimento e sem esperar pelo fim da reunião.

4. A ideia de uma “quarta do povo” com a presença dos deputados famalicenses não foi minha, mas acolhi-a. Pus apenas uma condição, na qualidade de moderador habitual destas sessões: que todos aceitassem participar. Aceitaram. Só que no dia combinado apenas apareceu o deputado Nuno Sá. Os deputados Virgílio Costa e Nuno Melo, por razões diferentes, não apareceram. Foi pena. O debate nestas condições não se fez. E teria sido seguramente um debate interessante, pois a ideia era pôr os presentes a fazer perguntas aos deputados e estes a responder. Esta atitude dos deputados faltosos deveria ser bem explicada pelos próprios. É que se trata objectivamente de uma falta de respeito pelas pessoas que os elegeram.

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PS 1 - Estive a ver, por momentos, a partida da selecção para a Suiça : parece que anda tudo doido! E não é que os noticiários das 20h de Domingo da RTP, da SIC e da TVI abriram desenvolvidamente com esta “notícia”?

PS 2 – Mais juízo teve o PSD, escolhendo uma líder qualificada, que merece muito respeito.

(PF- 3.6.08)